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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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2.1.2 OS CAMPOS CONCEITUAIS<br />

Para Verg<strong>na</strong>ud, o conhecimento está organizado <strong>em</strong> CC, sendo que sua apropriação<br />

por parte dos sujeitos se dá ao longo do t<strong>em</strong>po; assim, os CC são uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudo<br />

a<strong>de</strong>quada para dar sentido às dificulda<strong>de</strong>s observadas <strong>na</strong> <strong>conceitualização</strong> do real por parte do<br />

sujeito. Em sua construção, Verg<strong>na</strong>ud (1982) se refere a um CC como:<br />

(...) um conjunto informal e heterogêneo <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as, <strong>situações</strong>, conceitos, relações, estruturas,<br />

conteúdos e operações <strong>de</strong> pensamento, conectados uns aos outros e provavelmente entrelaçados no<br />

<strong>processo</strong> <strong>de</strong> aquisição (p.40).<br />

Em outros trabalhos, Verg<strong>na</strong>ud advoga sobre os CC como um conjunto <strong>de</strong> <strong>situações</strong><br />

(1990, p.146). Aliás, as <strong>situações</strong> são consi<strong>de</strong>radas por ele a entrada principal <strong>de</strong> um CC, até<br />

mesmo <strong>em</strong> relação aos conceitos, pois, um Campo Conceitual é um conjunto <strong>de</strong> <strong>situações</strong><br />

cujo domínio requer uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceitos, procedimentos e representações simbólicas<br />

firm<strong>em</strong>ente unidos uns aos outros (VERGNAUD, 1983b, p.127). Ou ainda, Campo<br />

Conceitual é um conjunto <strong>de</strong> <strong>situações</strong> cuja abordag<strong>em</strong> requer o domínio <strong>de</strong> vários conceitos<br />

<strong>de</strong> <strong>na</strong>turezas diferentes (VERGNAUD, 1988, p.141).<br />

Na busca pelo conceito <strong>de</strong> CC, Verg<strong>na</strong>ud (1983a, p.393) avança através <strong>de</strong> três<br />

princípios básicos que norteiam sua argumentação:<br />

1) um conceito não se forma <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> único tipo <strong>de</strong> situação;<br />

2) uma situação não po<strong>de</strong> ser a<strong>na</strong>lisada com um só conceito;<br />

3) o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> construção e apropriação do arse<strong>na</strong>l <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um conceito ou <strong>de</strong><br />

todos os aspectos <strong>de</strong> uma dada situação não se dá rapidamente, mas, requer muito fôlego, pois<br />

s<strong>em</strong>pre estão permeados por concepções, a<strong>na</strong>logias e mal-entendidos entre <strong>situações</strong>.<br />

Conjuntamente, Verg<strong>na</strong>ud (1983b) argumenta sobre a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver os<br />

diversos CC <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Entretanto, consi<strong>de</strong>ra fundamental falar <strong>em</strong> Campos<br />

Conceituais distintos, <strong>na</strong> medida <strong>em</strong> que os mesmos possam ser <strong>de</strong>scritos <strong>de</strong> modo<br />

consistente, pois consi<strong>de</strong>ra ser praticamente impossível a<strong>na</strong>lisá-los separadamente.<br />

Assim, consi<strong>de</strong>rando a <strong>conceitualização</strong> como o âmago do <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo,<br />

Verg<strong>na</strong>ud (1994) ressalta a importância <strong>de</strong> a<strong>na</strong>lisar os aspectos conceituais contidos nos<br />

esqu<strong>em</strong>as e <strong>na</strong>s <strong>situações</strong>, já que são nestes on<strong>de</strong> os esqu<strong>em</strong>as dos sujeitos serão<br />

<strong>de</strong>senvolvidos, seja <strong>na</strong> escola ou fora <strong>de</strong>la, o que confere aos CC um potencial <strong>de</strong> tor<strong>na</strong>r-se<br />

ricas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estudo, capazes <strong>de</strong> dar sentido às observações ligadas à <strong>conceitualização</strong>.

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