15.04.2013 Views

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2.2.6 DEVOLUÇÃO VERSUS CONTRA-DEVOLUÇÃO E O<br />

GERENCIAMENTO DOS PARADOXOS<br />

Embora a TCC não trate especificamente <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m didática, não se po<strong>de</strong><br />

negar as suas implicações. A educação científica, <strong>de</strong> uma maneira geral, <strong>de</strong>ve contribuir para<br />

que o sujeito <strong>de</strong>senvolva um bom repertório <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>as, evitando, todavia, que se torn<strong>em</strong><br />

engessados.<br />

Moreira (2002) chama a atenção para a difícil tarefa do professor <strong>em</strong> propor<br />

oportunida<strong>de</strong>s ao aluno para que <strong>de</strong>senvolva seus esqu<strong>em</strong>as <strong>na</strong> zo<strong>na</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

proximal. É preciso l<strong>em</strong>brar ainda <strong>de</strong> todas as variáveis presentes <strong>na</strong> relação didática, já<br />

discutidas anteriormente, e <strong>de</strong> que os obstáculos po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificados não ape<strong>na</strong>s no que o<br />

sujeito diz, mas, conforme Verg<strong>na</strong>ud, no que o sujeito faz. Daí a importância <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />

a noção <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>as <strong>em</strong> ação <strong>em</strong> sua teoria. Essa afirmação é reforçada pelo fato <strong>de</strong> que os<br />

alunos não consegu<strong>em</strong> expressar totalmente seus teor<strong>em</strong>as e conceitos pela linguag<strong>em</strong>.<br />

Esses teor<strong>em</strong>as e conceitos implícitos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser formalizados, sist<strong>em</strong>atizando e<br />

tor<strong>na</strong>ndo o esqu<strong>em</strong>a consistente. Mas isto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos objetivos e da contextualização das<br />

“tarefas”. “É nesse sentido que conceitos <strong>em</strong> ação e teor<strong>em</strong>as <strong>em</strong> ação po<strong>de</strong>m,<br />

progressivamente, tor<strong>na</strong>r<strong>em</strong>-se conceitos e teor<strong>em</strong>as científicos, mas isso leva muito t<strong>em</strong>po”<br />

(I<strong>de</strong>m, p.12).<br />

Mas, como fazer isso? Um caminho possível já foi sugerido por esse autor, ao ressaltar<br />

o papel essencial do professor como mediador da relação didática, oferecendo ao aluno<br />

<strong>situações</strong> frutíferas <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>.<br />

Aliado a isso, o professor teria que enfrentar ao menos dois paradoxos apontados<br />

anteriormente: a) não explicitar tudo ao aluno para não tirar <strong>de</strong>ste a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar<br />

da construção do conhecimento; ao mesmo t<strong>em</strong>po, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre o aluno dispõe <strong>de</strong> todas as<br />

ferramentas necessárias. b) tratar especificamente um obstáculo à aprendizag<strong>em</strong>, correndo-se<br />

o risco <strong>de</strong> enfrentar as representações pontualmente, s<strong>em</strong> que os alunos percebam sua<br />

manifestação <strong>em</strong> outras <strong>situações</strong>. Ou, um tratamento global dos obstáculos, o que não<br />

garante sua transferência para <strong>situações</strong> particulares.<br />

Diante do quadro complexo <strong>de</strong> uma relação didática <strong>de</strong>scrita anteriormente, e da<br />

impossibilida<strong>de</strong> do acesso do professor no t<strong>em</strong>po longo da psicogênese da aquisição do<br />

conhecimento, fica claro que é no t<strong>em</strong>po curto da relação didática que o professor po<strong>de</strong>rá agir

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!