o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Obviamente que há uma tendência <strong>de</strong> nossa parte <strong>em</strong> acreditar que diante <strong>de</strong> toda a<br />
riqueza da FMC, não é utópico acreditar que a sua presença <strong>na</strong> educação básica possa<br />
realmente contribuir para a formação científica e tecnológica dos estudantes, porém, não é<br />
possível fechar os olhos às dificulda<strong>de</strong>s latentes (referente ao objeto, à formação dos<br />
professores, a falta <strong>de</strong> material didático, etc) e às fortes pressões exter<strong>na</strong>s à escola. Evitando<br />
imergir nesta seara, retomamos a utilização do termo: intuição educada, que acreditamos ser<br />
o mais sensato neste caso, também no período <strong>de</strong> escolarização básica.<br />
Portanto intuição educada significa re<strong>de</strong>finir o que é o caráter formativo. Isto<br />
necessita ainda chamar a atenção para dois aspectos importantes: é necessário concretizar esta<br />
noção <strong>de</strong> intuição educada <strong>de</strong>ntro das práticas escolares e também se pensar que formação<br />
<strong>de</strong>ve ter um professor preparado para possibilitar e mediar a “formação” <strong>de</strong>sta intuição<br />
educada.<br />
Em uma primeira abordag<strong>em</strong> sobre este t<strong>em</strong>a, po<strong>de</strong>ríamos caracterizar a intuição<br />
educada como aquela que proporcio<strong>na</strong>ria ao aluno reconhecer <strong>em</strong> <strong>situações</strong>, fora do ambiente<br />
escolar, fenômenos <strong>na</strong>turais, tecnológicos, sociais ou culturais que envolvess<strong>em</strong> conceitos e<br />
conhecimentos da FMC.<br />
Também que o aluno fosse capaz <strong>de</strong>, ao menos <strong>de</strong> forma qualitativa (e <strong>em</strong> alguns<br />
casos quantitativa), <strong>em</strong>itir um julgamento e uma apreciação pertinente sobre um fenômeno.<br />
Que o aluno fosse capaz <strong>de</strong> reconhecer não ape<strong>na</strong>s <strong>em</strong> um, mas <strong>em</strong> diversos fenômenos,<br />
proprieda<strong>de</strong>s comuns, caracterizando a criação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los simplificados, mas abrangentes,<br />
sobre a realida<strong>de</strong> física. Importante aqui salientar que o termo qualitativo t<strong>em</strong> uma forte<br />
relação com o termo conceitual, e que a sua relação com o quantitativo, não po<strong>de</strong> ser<br />
<strong>de</strong>sprezada, mas <strong>de</strong>ve sim ser sopesada e repensada. Também não se po<strong>de</strong> confundir o<br />
qualitativo com o meramente informativo, como também não se po<strong>de</strong> caracterizar, o<br />
quantitativo e formal como o formativo, por excelência.<br />
Cabe-nos aqui também pensar que professor e que ensino po<strong>de</strong>m proporcio<strong>na</strong>r tudo<br />
isto, que fatalmente nos leva para além da escolha <strong>de</strong> t<strong>em</strong>as e tópicos mais importantes, mas<br />
para um pensar sobre as <strong>situações</strong> escolares e sobre a formação do licenciando, ou seja,<br />
repensando não ape<strong>na</strong>s t<strong>em</strong>as e conteúdos, mas também a TD, o Contrato Didático e as<br />
Situações escolares.<br />
Assim, é nossa convicção que a resposta a estas perguntas <strong>de</strong>ve surgir ao longo <strong>de</strong> um<br />
<strong>processo</strong> concreto <strong>de</strong> reflexão teórica e <strong>de</strong> intervenção <strong>na</strong> realida<strong>de</strong> escolar. Mas <strong>de</strong>vido à