o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
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escasso é preciso fazer escolhas, e aparent<strong>em</strong>ente, as escolhas feitas não têm dado conta <strong>de</strong><br />
expor os licenciandos a uma ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>situações</strong>.<br />
Outro ponto a ser refletido é que, diferent<strong>em</strong>ente dos esqu<strong>em</strong>as <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud, as<br />
Teorias Físicas constitu<strong>em</strong>-se, por assim dizer (pelo menos <strong>em</strong> tese) do esqu<strong>em</strong>a fi<strong>na</strong>l, ou<br />
seja, aquele que capacita e instrumentaliza o estudante a tratar tudo, e, portanto, é um<br />
esqu<strong>em</strong>a a ser alcançado e não modificado, pelo menos <strong>na</strong> fase <strong>em</strong> que se encontravam os<br />
licenciandos <strong>em</strong> nossa pesquisa. Então, dada uma situação, cabe interpretá-la, pois a<br />
interpretação evoca conhecimentos prévios, científicos ou não.<br />
A aparente coerência entre as Teorias Físicas e os ingredientes do esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />
Verg<strong>na</strong>ud não são puramente ocasio<strong>na</strong>is, visto que a TCC é uma teoria cognitivista<br />
extr<strong>em</strong>amente ampla no que diz respeito ao <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>conceitualização</strong>, isto é, do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do conhecimento. Mas não po<strong>de</strong>mos nos esquecer que no caso da ciência se<br />
t<strong>em</strong> por traz um “sujeito coletivo” e um t<strong>em</strong>po histórico <strong>de</strong> evolução, processamento,<br />
amadurecimento e consolidação <strong>de</strong> um conhecimento, <strong>em</strong> oposição aos <strong>processo</strong>s que<br />
envolv<strong>em</strong> um sujeito “individual”, <strong>na</strong> escola, com t<strong>em</strong>pos e objetivos diferenciados.<br />
Nesse sentido, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os notar que a ênfase <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud (concernente ao individuo) é<br />
o <strong>processo</strong> dinâmico envolvendo a tripla [S, I, R], o que ocorre no <strong>processo</strong> científico, mas<br />
que não ocorre no <strong>processo</strong> escolar. Por outro lado, o <strong>processo</strong> dinâmico <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud diz<br />
respeito ao <strong>processo</strong> do indivíduo cognoscente, que também não é o <strong>processo</strong> escolar. No<br />
<strong>processo</strong> escolar, as teorias não são construídas e a gênese é raramente discutida. As questões<br />
e fenômenos que levaram a formulação teórica são raramente <strong>de</strong>batidos. Portanto, uma análise<br />
interessante seria investigar sob o aporte epist<strong>em</strong>ológico, educacio<strong>na</strong>l e cognitivo qual é a<br />
diferenciação entre <strong>processo</strong> científico, <strong>processo</strong> escolar e <strong>processo</strong> cognitivo e que pens<strong>em</strong>os<br />
<strong>na</strong> didática como uma tentativa <strong>de</strong>, reconhecendo as diferenças, buscar a harmonização dos<br />
<strong>processo</strong>s visando auxiliar o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> no sentido amplo.<br />
Outro aspecto passível e não menos importante <strong>de</strong> ser investigado é como os LD<br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m o conjunto, isto é, o subconjunto (o recorte) <strong>de</strong> sentidos (e os significados<br />
relevantes) através <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>marcação teórica e/ou probl<strong>em</strong>as. Por ex<strong>em</strong>plo, seria<br />
interessante caracterizar os probl<strong>em</strong>as como <strong>situações</strong> a<strong>na</strong>lisando o escopo <strong>de</strong>finido por eles.<br />
Isto permitirá separar inclusive os momentos <strong>em</strong> que as <strong>situações</strong> <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> sentidos<br />
ape<strong>na</strong>s formais, e os que ampliam os sentidos com o enfrentamento dos probl<strong>em</strong>as. Isto<br />
fortaleceria a análise que caracteriza a situação escolar com suas restrições. Tal ponto permite<br />
ainda a<strong>na</strong>lisar o que o Ensino <strong>de</strong> Física enten<strong>de</strong> como seu objetivo. Aceitando este adjetivo