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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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“Olha, eu acho que <strong>na</strong> verda<strong>de</strong> esse <strong>de</strong>talhe do encaixe foi um trabalho com um todo, porque nós<br />

tínhamos uma dificulda<strong>de</strong> ENORME <strong>de</strong> iniciar o trabalho. Foi quando a gente colocou a parte <strong>de</strong><br />

transmissão e distribuição s<strong>em</strong> utilizar muitas fórmulas”. [JSS – E2]<br />

“Fazer esse projeto foi uma reorganização <strong>de</strong> pensamento(...) A gente <strong>na</strong> verda<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>u uma forma<br />

dar sentido para as equações”. [FMJ – E2]<br />

“Não posso negar que tive muita dificulda<strong>de</strong>, e elas não foram exatamente <strong>em</strong> relação aos conceitos,<br />

mas <strong>em</strong> como tratá-lo <strong>de</strong> forma inteligível para um público do Ensino Médio. Outra dificulda<strong>de</strong> foi<br />

relacio<strong>na</strong>r teoria com experimentos e também experiências que pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> auxiliar <strong>na</strong> assimilação do<br />

conteúdo. Obviamente, tal dificulda<strong>de</strong> me levou a revisar praticamente toda teoria vista sobre o assunto,<br />

rel<strong>em</strong>brando muitos pontos e apren<strong>de</strong>ndo um pouco mais. (...) Acho que pela primeira vez durante todo<br />

o meu curso eu vi um sentido para alguma coisa que já estu<strong>de</strong>i, porque parece que estudamos duas<br />

Físicas diferentes. Ainda não sei se sei alguma coisa, mas pelo menos sei t<strong>em</strong>os que partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

mais simples, mas que tenham idéias chaves, para <strong>de</strong>ixar os ‘moleques’ [alunos do Ensino Médio]<br />

pensando <strong>em</strong> alguma coisa, senão não vale <strong>de</strong> <strong>na</strong>da”. (ACA – E6)<br />

“(...) Pensamos que sab<strong>em</strong>os tudo, mas quando algo novo aparece nos leva a perceber que o<br />

conhecimento não é estanque. S<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong>os <strong>em</strong> mente os conceitos, mas não t<strong>em</strong>os idéia <strong>de</strong> como ele<br />

se organiza. Isso é fundamental, porque não dá para ensi<strong>na</strong>r tudo. Então, eu pelo menos acho que se<br />

conseguir dar uma boa idéia <strong>de</strong> coisas centrais é muito melhor do que dar um monte <strong>de</strong> coisas<br />

<strong>de</strong>sconexas, s<strong>em</strong> sentido. (...) O probl<strong>em</strong>a está também quando t<strong>em</strong>os que sist<strong>em</strong>atizar os conceitos <strong>de</strong><br />

uma maneira agradável e abrangente <strong>de</strong> forma atingir um público alvo, alunos, jovens, crianças etc.”.<br />

(WGG – E6)<br />

A aparente ausência da discussão sobre os <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lização e do fenômeno<br />

físico <strong>na</strong>s discipli<strong>na</strong>s que compõ<strong>em</strong> o quadro <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s básicas foi também observado <strong>na</strong>s<br />

entrevistas <strong>de</strong> Westphal (2006). Assim <strong>de</strong>screve a fala <strong>de</strong> um licenciado<br />

O licenciado L14, por ex<strong>em</strong>plo, salientou a existência, no curso, <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>os opostos <strong>de</strong> professores <strong>de</strong><br />

uma mesma discipli<strong>na</strong> “<strong>de</strong> um professor que era o salvador [...] e um outro que era extr<strong>em</strong>amente pela<br />

Mat<strong>em</strong>ática, que virava as costas para o aluno e enchia o quadro <strong>de</strong> equações diferenciais e, <strong>de</strong> Física<br />

mesmo...tu ficavas assim... E a Física? Cadê a Física?” (WESTPHAL, 2006, p. 152)<br />

Mas, porque o tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida no conjunto <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s <strong>de</strong><br />

Instrumentação para o Ensino <strong>de</strong> Física do curso <strong>de</strong> licenciatura <strong>em</strong> Física da UFSC<br />

aparent<strong>em</strong>ente t<strong>em</strong> uma repercussão tão gran<strong>de</strong> junto aos licenciandos? Ou ainda, o que levou<br />

os entrevistados a se referir<strong>em</strong> a este conjunto <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s como essencial <strong>na</strong> formulação <strong>de</strong><br />

conceitos, que tradicio<strong>na</strong>lmente, seriam <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> um outro conjunto <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s?<br />

Principalmente sobre esse ponto também resi<strong>de</strong>m contribuições teóricas do trabalho <strong>de</strong><br />

Verg<strong>na</strong>ud sob a nossa reflexão. Se recordarmos que para Verg<strong>na</strong>ud, é através <strong>de</strong> <strong>situações</strong> e<br />

<strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as a resolver que um conceito adquire sentido (1990, p.135), com base <strong>na</strong>s<br />

entrevistas realizadas po<strong>de</strong>mos concluir que, no que tange ao <strong>processo</strong> <strong>de</strong> formação dos<br />

conceitos, se usarmos a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud que um conceito é um conjunto formado pelo<br />

terno [S,I,R], aparent<strong>em</strong>ente, as <strong>situações</strong> oferecidas <strong>em</strong> INSPE se diferenciam das <strong>de</strong>mais,<br />

pois caracterizando-se como <strong>situações</strong> ímpares, dando uma completu<strong>de</strong> ao terno [S,I,R], ou

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