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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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2.1.5 ESQUEMAS<br />

O conceito <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>a foi inicialmente introduzido por Piaget para respon<strong>de</strong>r sobre as<br />

formas <strong>de</strong> organização das habilida<strong>de</strong>s cognitivas, b<strong>em</strong> como as sensório-motoras. Para<br />

Verg<strong>na</strong>ud (1990, p. 135; 1994, p.54) um esqu<strong>em</strong>a “é a organização invariantes <strong>de</strong> uma classe<br />

<strong>de</strong> <strong>situações</strong>” e, segundo este autor, é nos esqu<strong>em</strong>as que os conhecimentos <strong>em</strong> ação do sujeito<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser pesquisados.<br />

Um esqu<strong>em</strong>a é um universal eficiente para uma variada gama <strong>de</strong> <strong>situações</strong> e po<strong>de</strong>,<br />

com isso, gerar diferentes seqüências <strong>de</strong> ações, procedimentos <strong>de</strong> coleta e controle <strong>de</strong><br />

informações, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada situação. Nesse sentido, não é o<br />

comportamento que é invariante, mas a organização do comportamento (VERGNAUD, 1998,<br />

p. 176).<br />

(...) um esqu<strong>em</strong>a não é um estereotipo, mas uma função t<strong>em</strong>poralizada <strong>em</strong> argumentos, que permite<br />

gerar seqüências diferentes <strong>de</strong> ações e <strong>de</strong> informações <strong>em</strong> função <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> variáveis da situação<br />

(VERGNAUD, 1990, p.140).<br />

Transferindo a idéia dos esqu<strong>em</strong>as à educação, cabe à escola, nos seus diferentes<br />

níveis, possibilitar ao sujeito o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um largo e variado conjunto <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>as,<br />

viabilizando <strong>situações</strong> variadas e pertencentes a diferentes classes, s<strong>em</strong> que estes fiqu<strong>em</strong><br />

cristalizados (VERGNAUD, 1996b; MOREIRA, 2002).<br />

Assim, Verg<strong>na</strong>ud dá ao conceito <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>a uma amplitu<strong>de</strong> maior que a dada por<br />

Piaget, pois para ele os esqu<strong>em</strong>as estariam no centro do <strong>processo</strong> <strong>de</strong> adaptação das estruturas<br />

cognitivas, enquanto Verg<strong>na</strong>ud relacio<strong>na</strong> os esqu<strong>em</strong>as com as características das <strong>situações</strong>.<br />

Mas ambos concordam que há muito <strong>de</strong> implícito nos esqu<strong>em</strong>as. Quando o sujeito se <strong>de</strong>fronta<br />

com a uma nova situação, as sua condutas serão guiadas pelo repertório <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>as que ele<br />

dispõe; assim, vários esqu<strong>em</strong>as po<strong>de</strong>m ser suscitados simultaneamente (VERGNAUD, 1990,<br />

p.140).<br />

Como o âmago do <strong>de</strong>senvolvimento da cognição para Verg<strong>na</strong>ud é a <strong>conceitualização</strong>,<br />

fica clara a importância da relação entre situação e esqu<strong>em</strong>a (1998, p.177). Mas a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud requer, segundo ele, algumas especificações <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>das <strong>de</strong><br />

“ingredientes” do esqu<strong>em</strong>a:<br />

- Invariantes operatórias (conceitos e teor<strong>em</strong>as <strong>em</strong> ação) que pilotam o reconhecimento pelo sujeito dos<br />

el<strong>em</strong>entos pertinentes da situação, e a recolha <strong>de</strong> informação sobre a situação a tratar.<br />

- antecipações do objetivo a atingir, dos efeitos que são <strong>de</strong> esperar e das eventuais etapas intermediárias.

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