o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
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<strong>conceitualização</strong> <strong>de</strong> um domínio parcialmente conhecido, com base <strong>na</strong>s entrevistas realizadas,<br />
é possível respon<strong>de</strong>r que o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>na</strong>r Física usualmente utilizado NÃO propicia essa<br />
<strong>conceitualização</strong> progressiva, isto é, a dinâmica das componentes [S, I, R], principalmente<br />
porque [S] <strong>na</strong> tripla <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud t<strong>em</strong> uma dimensão bastante ampla e dinâmica, que abrange<br />
todas as <strong>situações</strong> que po<strong>de</strong>m ser entendidas, explicadas ou enfrentadas com um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<br />
número <strong>de</strong> ferramentas conceituais.<br />
O que observamos através das entrevistas realizadas é que nos cursos <strong>de</strong> Física é dada<br />
uma ênfase nos aspectos formais, ou seja, <strong>de</strong>sbalanceando a tripla [S, I, R], pois <strong>na</strong>s<br />
discipli<strong>na</strong>s básicas o peso maior está <strong>na</strong> dupla [I,R].<br />
Nessa análise, o [S] captado <strong>na</strong>s entrevistas e advindo das discipli<strong>na</strong>s que compõ<strong>em</strong> o<br />
núcleo conceitual básico, foi praticamente um pequeno recorte, que t<strong>em</strong> se limitado a<br />
ex<strong>em</strong>plos e probl<strong>em</strong>as e que visam testar a aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma teoria.<br />
Nesse sentido, aparent<strong>em</strong>ente a resolução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as, que <strong>em</strong> sua gran<strong>de</strong> maioria é<br />
constituída <strong>de</strong> exercícios visando ape<strong>na</strong>s formas <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>r para um maior domínio da<br />
linguag<strong>em</strong> formal ou da ex<strong>em</strong>plificação e/ou <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> um dado conceito presente no<br />
corpo constitutivo dos esqu<strong>em</strong>as teóricos, não t<strong>em</strong> dado conta <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r questões mais<br />
amplas, conforme os resultados das entrevistas dos bacharéis. Muitas vezes os probl<strong>em</strong>as a<br />
eles apresentados, mesmo <strong>em</strong> discipli<strong>na</strong>s mais avançadas como MQ, visam ape<strong>na</strong>s sedimentar<br />
o formalismo, ou seja, dar mais uma continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> [I,R] do que uma situação nos termos <strong>de</strong><br />
Verg<strong>na</strong>ud propriamente dito.<br />
Dos resultados obtidos constatamos uma situação paradoxal, visto que, praticamente<br />
são fornecidas aos graduandos <strong>em</strong> Física todas as ferramentas necessárias para a compreensão<br />
dos mais diversos fenômenos, mas sua estruturação t<strong>em</strong> se mostrado incompetente, ou seja,<br />
não é capaz <strong>de</strong> lhe prover um sentido ou estabelecer uma ligação entre elas e o objeto.<br />
Talvez isto ocorra porque o aluno nunca foi exposto a <strong>situações</strong> mais amplas como as<br />
quais os licenciandos tenham se <strong>de</strong>parado <strong>em</strong> INSPEs, ou estas não tenham feito parte do<br />
<strong>processo</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, e portanto, não tenham lhe provido algum sentido.<br />
Assim, contrapondo os diferentes grupos <strong>de</strong> entrevistados, ou seja, aqueles que<br />
passaram por uma discipli<strong>na</strong> como INSPE e os que não, é possível concluir que a forma<br />
tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> tratar Física não amálgama a di<strong>na</strong>micida<strong>de</strong> cognitiva proporcio<strong>na</strong>da pelas<br />
<strong>situações</strong> on<strong>de</strong> o terno [S, I, R] é respeitado.