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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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Mas, po<strong>de</strong>ria se pensar ainda <strong>na</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certas concepções fundamentais<br />

estar<strong>em</strong> <strong>na</strong>s relações entre o sujeito e o objeto. Todavia, isso nos leva a um outro probl<strong>em</strong>a,<br />

ou seja, o <strong>de</strong> subestimar os diferentes conteúdos e <strong>situações</strong>, reduzindo o <strong>processo</strong> <strong>de</strong><br />

equilibração, numa linguag<strong>em</strong> piagetia<strong>na</strong>, a uma relação pessoal com os objetos. Essa parece<br />

ser uma crítica à Piaget (JOHSUA; DUPIN, 1993).<br />

Em um trabalho b<strong>em</strong> mais recente, Campa<strong>na</strong>ro e Otero (2000) também faz<strong>em</strong> uma<br />

revisão do estado da arte <strong>na</strong>s tradições inglesa, francesa e espanhola, das pesquisas sobre<br />

idéias prévias dos alunos e suas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>. E reconhec<strong>em</strong> o seguinte:<br />

“que a aprendizag<strong>em</strong> significativa das Ciências por parte dos alunos é uma tarefa com índice<br />

<strong>de</strong> fracasso elevado é uma afirmação que dificilmente po<strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r aos investigadores e<br />

professores <strong>de</strong> Ciências” (I<strong>de</strong>m, p.156). Destacam ainda que consi<strong>de</strong>rar as idéias prévias dos<br />

alunos <strong>em</strong> uma aprendizag<strong>em</strong> significativa <strong>em</strong> Ciências é condição necessária, mas não<br />

suficiente.<br />

Aqui caberia perguntar o sentido <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> significativa <strong>em</strong> Ciências, pois<br />

po<strong>de</strong>ria se pensar pelo menos <strong>em</strong> dois sentidos: o social e o didático. Entretanto, uma<br />

consi<strong>de</strong>ração que esses autores faz<strong>em</strong> acerca <strong>de</strong> alguns resultados <strong>de</strong> pesquisas anteriores<br />

sobre o assunto nos parece importante:<br />

Ainda que as idéias espontâneas sejam construções pessoais e próprias <strong>de</strong> cada sujeito, exist<strong>em</strong> muito<br />

mais s<strong>em</strong>elhanças que diferenças entre elas, o que t<strong>em</strong> permitido i<strong>de</strong>ntificar alguns esqu<strong>em</strong>as comuns<br />

<strong>em</strong> alunos <strong>de</strong> países e sist<strong>em</strong>as educativos distintos. [...] Entre os resultados mais notáveis da<br />

investigação cabe <strong>de</strong>stacar o paralelismo que existe entre muitas das idéias prévias dos alunos e<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das teorias históricas <strong>de</strong> outras épocas geralmente pré-científicas (CAMPANARO; OTERO,<br />

2000, p.156).<br />

Apesar <strong>de</strong> discutível o termo paralelismo utilizado <strong>na</strong> citação acima, não ir<strong>em</strong>os nos<br />

ater a tal neste momento.<br />

Tal consi<strong>de</strong>ração nos r<strong>em</strong>ete novamente à questão: qual a orig<strong>em</strong> <strong>de</strong>ssas concepções?<br />

Ou, há um tratamento didático para tais idéias prévias no Ensino das Ciências, a fim <strong>de</strong><br />

amenizar o fracasso apontado anteriormente por esses autores? Eles mesmos alertam, ao que<br />

parece, que certos esqu<strong>em</strong>as alter<strong>na</strong>tivos abrang<strong>em</strong> todas as culturas. Algumas origens po<strong>de</strong>m<br />

ser i<strong>de</strong>ntificadas: a experiência cotidia<strong>na</strong>, aprendizagens e a<strong>na</strong>logias i<strong>na</strong><strong>de</strong>quadas, meio social<br />

e outras.<br />

Além das idéias prévias dos alunos, suas concepções epist<strong>em</strong>ológicas também são<br />

obstáculos, segundo Campa<strong>na</strong>ro e Otero (2000). Os alunos têm idéias prévias sobre o<br />

conteúdo científico, mas também sobre o conhecimento científico. E aí outras origens po<strong>de</strong>m

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