o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
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por ex<strong>em</strong>plo, Física. Certamente uma das causas da falta <strong>de</strong> interesse é <strong>de</strong>vido, conforme<br />
discutimos anteriormente, à artificialida<strong>de</strong> exagerada dos probl<strong>em</strong>as que lhe são propostos e<br />
comumente tratados <strong>na</strong>s salas <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> Física, que se apresentam r<strong>em</strong>otos <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>, e<br />
consequent<strong>em</strong>ente, acabam por não fazer qualquer sentido para os alunos. pois tal tratamento<br />
parece não lhes servir <strong>de</strong> <strong>na</strong>da, exceto, para a aprovação <strong>na</strong>s provas e exames.<br />
Mas <strong>na</strong> Ciência/Física, a situação, diferent<strong>em</strong>ente do que acontece <strong>na</strong> escola e<br />
apresenta-se nos LD, não se encontra <strong>de</strong> ant<strong>em</strong>ão i<strong>de</strong>alizada. Ela está no seu contexto e para<br />
entendê-la é preciso mo<strong>de</strong>lizá-la <strong>na</strong> tentativa <strong>de</strong> encontrar meios para tratar um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<br />
probl<strong>em</strong>a, ou seja, para investigá-la é preciso primeiramente extraí-la antes que se torne<br />
passível <strong>de</strong> investigação.<br />
Em um sentido mais amplo, a utilização do conhecimento físico <strong>na</strong> interpretação,<br />
tratamento e entendimento <strong>de</strong> fenômenos <strong>de</strong>ve ser compreendida não somente <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />
campo metodológico, mas também como “conteúdo” indispensável, pois assim como po<strong>de</strong><br />
prover meios para a aquisição <strong>de</strong> certas competências, <strong>de</strong>monstra a potencialida<strong>de</strong> e a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteúdos mais abstratos da Física. Tal discussão inclusive já fora enfatizada<br />
por Hestenes (1987).<br />
Assim, se no período <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>do ao Ensino da Física <strong>na</strong> escola básica, minimamente<br />
fosse assegurado aos alunos o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seu espírito investigativo, no intuito <strong>de</strong><br />
resgatar, não somente no sentido pragmático, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> conhecer o nosso mundo para<br />
expandir a compreensão sobre nós mesmos e sobre a <strong>na</strong>tureza, a fim <strong>de</strong> propor novas questões<br />
e, talvez, encontrar soluções, novas Tecnologias, novas saídas, aproximaríamos do que<br />
<strong>de</strong>finimos anteriormente como uma intuição educada.<br />
E porque a idéia <strong>de</strong> intuição educada é b<strong>em</strong> adaptada, por ex<strong>em</strong>plo, ao caso da FMC<br />
<strong>na</strong> escola média? Primeiramente por se tratar <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong> conhecimentos que, apesar <strong>de</strong><br />
presente ao nosso redor, o seu reconhecimento requer muito mais do que sua simples<br />
<strong>de</strong>sig<strong>na</strong>ção. Também, porque uma parcela ínfima da população que passa pelo período <strong>de</strong><br />
escolarização básica terá chance <strong>de</strong> tratá-la com toda a profundida<strong>de</strong>, já que não é o objetivo<br />
da educação básica o <strong>de</strong> formar exclusivamente físicos, mas mesmo assim, é no EM on<strong>de</strong> se<br />
t<strong>em</strong> praticamente a única chance <strong>de</strong> cont<strong>em</strong>plar alguns aspectos básicos <strong>de</strong>ssa área <strong>de</strong><br />
conhecimento.<br />
Também pelo fato <strong>de</strong> não se esperar do EM um espaço para tal nível <strong>de</strong> especificação,<br />
apesar <strong>de</strong> pretensamente se objetivar dar aos estudantes os instrumentos conceituais que lhe