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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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Física e a Mat<strong>em</strong>ática utilizadas. Mas, como argumenta Custódio (2002, p.7) a construção <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los ainda constitui uma lacu<strong>na</strong> para o Ensino <strong>de</strong> Física.<br />

A preocupação com a falta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que propici<strong>em</strong> a construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e o<br />

<strong>processo</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lização como ativida<strong>de</strong>s escolares também é discutido <strong>em</strong> Hestenes (1987),<br />

sendo o autor é enfático, ao afirmar sobre esse assunto, que a forma e os métodos tradicio<strong>na</strong>is<br />

<strong>de</strong> Ensino da Física Escolar são i<strong>na</strong><strong>de</strong>quados, pois não resultam <strong>em</strong> estratégias <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lização. Tais conclusões baseiam-se <strong>em</strong> um extenso trabalho <strong>de</strong> pesquisa, sobre o<br />

aproveitamento escolar <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 12000 estudantes <strong>em</strong> escolas secundárias e também no<br />

nível superior (HESTENES, 1996).<br />

Com os estudos <strong>de</strong> Hestenes, t<strong>em</strong>os como indícios duas gran<strong>de</strong>s fontes para a reflexão<br />

que cont<strong>em</strong>plar<strong>em</strong>os nessa pesquisa. Primeiramente, que o probl<strong>em</strong>a do Ensino <strong>de</strong> Física no<br />

Brasil não passa somente pela baixa r<strong>em</strong>uneração salarial dos professores ou pela falta <strong>de</strong><br />

laboratórios, por ex<strong>em</strong>plo, já que, <strong>em</strong> <strong>situações</strong> on<strong>de</strong> os professores têm uma carga horária<br />

s<strong>em</strong>a<strong>na</strong>l a<strong>de</strong>quada, recursos para elaborar suas aulas como laboratórios e equipamentos, além<br />

<strong>de</strong> ser<strong>em</strong> providos <strong>de</strong> uma r<strong>em</strong>uneração justa, aparent<strong>em</strong>ente enfrentam probl<strong>em</strong>as<br />

s<strong>em</strong>elhantes. Ou seja, dificulda<strong>de</strong>s inerentes ao objeto, no nosso ex<strong>em</strong>plo a Física Escolar e o<br />

seu ensino ten<strong>de</strong>m a transcen<strong>de</strong>r as fronteiras simplesmente econômicas e sociais. Ainda<br />

assim, é inegável a idéia <strong>de</strong> que a aplicação <strong>de</strong> recursos no intuito <strong>de</strong> possibilitar qualquer<br />

diferencial trará novos el<strong>em</strong>entos à aprendizag<strong>em</strong>, quase todos <strong>de</strong> maneira positiva.<br />

Os estudos realizados por Hestenes e colaboradores a<strong>na</strong>lisaram conceitos pertencentes<br />

à Física Newtonia<strong>na</strong>, e o mesmo serviu <strong>de</strong> referência para outras investigações,<br />

principalmente sobre concepções espontâneas (HALLOUN, 1996; MINTZES et al 2000;<br />

STEINBERG, 2000), on<strong>de</strong> se verifica convergências <strong>na</strong>s conclusões, por ex<strong>em</strong>plo, <strong>de</strong> que os<br />

conceitos errôneos dos estudantes são basicamente os mesmos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente do nível<br />

da clientela.<br />

Mas como já enunciado acima, um ponto marcante nos trabalhos <strong>de</strong> Hestenes é a<br />

posição a<strong>de</strong>rida pelo autor sobre a importância da construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los 52 e o <strong>processo</strong> <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lização no Ensino <strong>de</strong> Física, tanto no nível superior como <strong>na</strong> educação básica.<br />

A principal justificativa utilizada por Hestenes é <strong>de</strong> que, além dos ganhos <strong>na</strong><br />

aprendizag<strong>em</strong> e <strong>na</strong> caracterização menos <strong>de</strong>turpada do que venha a ser a Física, o próprio<br />

52 Para Hestenes, um mo<strong>de</strong>lo cientifico é a representação da estrutura <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a físico e/ou suas proprieda<strong>de</strong>s e<br />

<strong>processo</strong>s, e que o pensamento cientifico constitui-se da criação e uso <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los.

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