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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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inserida no contexto escolar. A terceira etapa, <strong>na</strong> qual se espera do aluno a construção <strong>de</strong><br />

novas ferramentas conceituais que possam ser mobilizadas <strong>em</strong> outras <strong>situações</strong>, ou seja, que<br />

sejam interiorizadas, está mais fort<strong>em</strong>ente relacio<strong>na</strong>da ao t<strong>em</strong>po longo da psicogênese do<br />

conhecimento, ou seja, <strong>em</strong> uma situação não-didática, para além do espaço-t<strong>em</strong>po escolar<br />

(RICARDO, 2003).<br />

É possível ainda subdividir essa terceira etapa <strong>em</strong> outras duas: a “reestruturação” <strong>de</strong><br />

um novo conceito e a “automatização” <strong>de</strong> seu uso. E, é justamente nesse ponto que<br />

acreditamos que a TCC <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud po<strong>de</strong> nos apontar alguns caminhos para uma abordag<strong>em</strong><br />

didática dos obstáculos e da di<strong>na</strong>micida<strong>de</strong> da relação didática.<br />

Ainda assim, é passível <strong>de</strong> questio<strong>na</strong>mento se as <strong>situações</strong> escolares permit<strong>em</strong> ao<br />

aluno reconhecer esse conflito, isto é, será que os obstáculos sentidos pelos alunos têm uma<br />

mesma <strong>na</strong>tureza, ou seja, o aluno reconhece ou não a diferença das representações e/ou<br />

concepções. De fato, as diferenças e conflitos das representações po<strong>de</strong>m ou não interferir no<br />

enfrentamento das “tarefas” escolares, como já fora apresentado <strong>na</strong> maioria dos estudos sobre<br />

Concepções Alter<strong>na</strong>tivas. Mas <strong>de</strong> uma forma geral, os alunos resolv<strong>em</strong> b<strong>em</strong> suas tarefas<br />

escolares, mas ainda mantém as suas concepções.<br />

Nesse sentido é necessário nos perguntarmos quando as representações conflitantes<br />

interfer<strong>em</strong> <strong>na</strong> resolução <strong>de</strong> típicos probl<strong>em</strong>as, ou ainda, <strong>em</strong> que <strong>situações</strong>, ou através <strong>de</strong> que<br />

tipo <strong>de</strong> tarefas, po<strong>de</strong>-se levar uma real <strong>de</strong>sestabilização e posterior assimilação. Não custa<br />

l<strong>em</strong>brar que um mesmo formalismo mat<strong>em</strong>ático po<strong>de</strong> resolver um dado probl<strong>em</strong>a mesmo<br />

partindo <strong>de</strong> concepções e representações diferentes 46 . Assim, não é <strong>na</strong>da estranho que um<br />

aluno, para tratar a condução do calor, por ex<strong>em</strong>plo, utiliza a idéia do calórico, mas o mesmo<br />

aluno ainda aplica uma concepção mais mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong> <strong>em</strong> outras <strong>situações</strong> 47 . Portanto,<br />

aparent<strong>em</strong>ente, não se trata <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são a uma ou outra visão para a resolução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as,<br />

mas sim, <strong>de</strong> pragmatismo e objetivida<strong>de</strong> <strong>na</strong> resolução.<br />

46<br />

Uma ilustração do que foi <strong>de</strong>scrito po<strong>de</strong> ser a<strong>na</strong>lisado nos trabalhos sobre eletromagnetismo <strong>de</strong> Ampére e<br />

Maxwell.<br />

47<br />

Para mais <strong>de</strong>talhes, ver também Auth e Angotti (2001).

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