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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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No que se refere à elaboração dos instrumentos <strong>de</strong> pesquisa, o investigador precisa<br />

compreen<strong>de</strong>r “a relação que <strong>de</strong>ve existir entre ’pesquisador’ e ‘pesquisado’, on<strong>de</strong> ambos são<br />

sujeitos <strong>de</strong> um <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento” (RICHARDSON, 1985, p.172). Tal perspectiva<br />

oferece oportunida<strong>de</strong> para não somente <strong>de</strong>screver o fenômeno <strong>em</strong> foco, mas compreen<strong>de</strong>r sua<br />

totalida<strong>de</strong>, pois a entrevista não t<strong>em</strong> um fim <strong>em</strong> si mesma. Além do respeito à cultura e aos<br />

valores do entrevistado, esse tipo <strong>de</strong> entrevista permite reorientações e adaptações <strong>em</strong> um<br />

transcorrer <strong>na</strong>tural <strong>de</strong> informações que vão sendo coletadas e a<strong>na</strong>lisadas.<br />

Compl<strong>em</strong>entando as entrevistas s<strong>em</strong>i-estruturadas como instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong><br />

dados, a aplicação <strong>de</strong> questionários abertos também foi realizada nessa pesquisa.<br />

Segundo Silva e Schappo (2002) o questionário talvez seja o mais comum dos<br />

instrumentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados utilizados <strong>na</strong>s pesquisas (p.109) e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que b<strong>em</strong> preparado<br />

e adaptado ao objetivo da pesquisa, esse instrumento possibilita a coleta <strong>de</strong> informações e<br />

dados <strong>em</strong> um t<strong>em</strong>po reduzido. Mas para que tal <strong>processo</strong> aconteça, ele precisa ser b<strong>em</strong><br />

administrado, assim como qualquer técnica <strong>de</strong> investigação.<br />

No nosso estudo, o questionário foi pouco utilizado, e acabou servindo como um<br />

el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> escape, justamente durante um dos momentos <strong>em</strong> que o t<strong>em</strong>po, disponível pelos<br />

respon<strong>de</strong>ntes, era escasso, e on<strong>de</strong> não podíamos comprometer a evolução t<strong>em</strong>poral dos<br />

el<strong>em</strong>entos que buscávamos investigar.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua utilização também se <strong>de</strong>u <strong>em</strong> função do gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

entrevistados <strong>em</strong> um momento ímpar das ativida<strong>de</strong>s e da impossibilida<strong>de</strong> momentânea para a<br />

realização <strong>de</strong> intervenções individuais.<br />

Apesar <strong>de</strong>ste fato, a aplicação dos questionários foi acompanhada integralmente pelo<br />

pesquisador, <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po e local previamente marcado, no intuito <strong>de</strong> sa<strong>na</strong>r qualquer tipo <strong>de</strong><br />

dúvida referente à interpretação das perguntas. Contudo, um número muito pequeno <strong>de</strong><br />

respon<strong>de</strong>ntes foi submetido a essa técnica. Traçando um comparativo com aqueles que no<br />

mesmo momento foram entrevistados, não houve gran<strong>de</strong>s distorções.<br />

Mas é importante exter<strong>na</strong>r aqui algumas preocupações, pois se tratando <strong>de</strong> uma análise<br />

sobre perspectivas <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, on<strong>de</strong> a construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los é um dos focos, há<br />

trabalhos que indicam dificulda<strong>de</strong>s metodológicas nesse tipo <strong>de</strong> pesquisa. Moreira (1996)<br />

aponta duas <strong>de</strong>las. A primeira diz respeito às crenças que cada indivíduo t<strong>em</strong> <strong>em</strong> certas coisas,<br />

e que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre são corroboradas <strong>em</strong> seus procedimentos, aliadas ao fator dissimulação, ou<br />

seja, a resposta dada ao pesquisador po<strong>de</strong> ser meramente uma proposição criada <strong>na</strong>quele

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