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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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Assim, apesar da divergência <strong>de</strong> objetivos, parece haver uma convergência no<br />

pensamento <strong>de</strong> egressos relatada por Westphal (2006) com os licenciandos entrevistados <strong>em</strong><br />

nossa pesquisa. O que notamos primariamente é que uma parte significativa dos entrevistados,<br />

superior a 80%, faz referência ao PT <strong>de</strong>senvolvido <strong>em</strong> INSPE B e C muito mais <strong>em</strong> sua<br />

formação conceitual sobre as t<strong>em</strong>áticas e menos quanto à alter<strong>na</strong>tiva metodológica <strong>de</strong> trabalho<br />

por PT.<br />

No início do <strong>de</strong>senvolvimento dos PT, a maioria dos entrevistados se posicio<strong>na</strong>va <strong>de</strong><br />

forma que a tarefa <strong>de</strong> reformular o PT seria simplesmente <strong>de</strong> organizar o que já sabiam<br />

conceitualmente. Assim, quando perguntados sobre os PT confeccio<strong>na</strong>dos <strong>em</strong> INSPE B, ou<br />

seja, <strong>na</strong> primeira vez <strong>em</strong> que <strong>de</strong>senvolveram um PT, respon<strong>de</strong>ram:<br />

“No inicio era só alegria. Pegamos um t<strong>em</strong>a que achamos fácil [eletrodinâmica/eletromagnetismo] e<br />

achamos que era só dar uma “garibada” no que já sabíamos e apresentar. Mas não foi b<strong>em</strong> assim. (...)<br />

Só sei que começaram a aparecer tantas perguntas que acabamos estudando mais para montar o projeto<br />

do que quando fiz Física 3”. (MVC – E4)<br />

“Tu não sabes como foi difícil montar aquilo [projeto]. Era o professor <strong>em</strong> cima o t<strong>em</strong>po todo fazendo<br />

perguntas que a gente não tinha a menor idéia. Chega um momento <strong>em</strong> que tu fica doido, porque a<br />

gente tinha achado que sabia alguma coisa quando começamos a fazer, mas durante, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tanta<br />

“paulada”, vimos que a Física que tinha ali não era tão simples quanto a gente achava”. (FLE – E4)<br />

“Aquilo foi uma enga<strong>na</strong>ção... digo, (risos)... nos ven<strong>de</strong>ram a idéia <strong>de</strong> que ia ser tranqüilo e eu também<br />

achei. Só que quando fomos montar [o projeto] vimos que só resolver as contas não dá. Fiquei p.<br />

(palavra <strong>de</strong> baixo calão suprimida) com o professor <strong>de</strong> Física 2, porque tinha passado com 9,5 mas<br />

<strong>de</strong>scobri que não sabia <strong>na</strong>da,... quer dizer, se você pedir para eu resolver a primeira lei da termo<br />

[termodinâmica] eu até vou fazer, mas o probl<strong>em</strong>a não tá <strong>em</strong> resolver a conta. O probl<strong>em</strong>a tá <strong>na</strong> Física”.<br />

(JCC – E4)<br />

Todas as respostas acima se referiam a t<strong>em</strong>as envolvendo conceitos da FC. Quando os<br />

entrevistados eram m<strong>em</strong>bros <strong>de</strong> equipes que elaboraram PT referentes às t<strong>em</strong>áticas sobre<br />

FMC, a ento<strong>na</strong>ção já mudava.<br />

“Precisamos <strong>de</strong> muitas leituras até que pudéss<strong>em</strong>os <strong>de</strong>linear o assunto a ser tratado. Mas ainda<br />

restaram-nos algumas dúvidas relativas ao assunto tratado. Mas já sabíamos disso quando pegamos esse<br />

t<strong>em</strong>a [Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Goiânia]”. (KVV – E4)<br />

“O meu conhecimento não foi suficiente, e eu sei. (...) Quanto às dificulda<strong>de</strong>s, tenho algumas, eu acho”.<br />

(FCF – E4)<br />

De qualquer forma, quando os mesmos entrevistados foram questio<strong>na</strong>dos sobre a<br />

t<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> seu PT futuro, isso após já ter<strong>em</strong> passado pela experiência <strong>de</strong> elaborar um PT <strong>em</strong><br />

INSPE B, o discurso mudou radicalmente. Aqueles que se posicio<strong>na</strong>vam <strong>em</strong> um patamar <strong>de</strong><br />

suficiência e eficiência teórica provida por discipli<strong>na</strong>s básicas que antece<strong>de</strong>ram os PT, já se<br />

mostram mais cautelosos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente dos t<strong>em</strong>as ser<strong>em</strong> clássicos ou mo<strong>de</strong>rnos.<br />

“Já vi essas coisas [ondas/oscilações] <strong>em</strong> Física 2 <strong>na</strong> 3ª fase da graduação e <strong>na</strong> 4ª fase <strong>em</strong><br />

compl<strong>em</strong>entos [<strong>de</strong> ondas e termodinâmica]. (...) A reestruturação do projeto vai exigir um

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