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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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2.1.3 CONCEITOS<br />

Um dos principais el<strong>em</strong>entos <strong>na</strong> TCC é a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> conceito. Segundo Verg<strong>na</strong>ud<br />

(1990, p.145) um conceito é um terno <strong>de</strong> três conjuntos: C= [S, I, R].<br />

• [S] O conjunto <strong>de</strong> <strong>situações</strong> que dão sentido ao conceito (a referência);<br />

• [I] O conjunto dos invariantes operatórios (objetos, proprieda<strong>de</strong>s e relações)<br />

associados ao conceito (o significado). Ou seja, o conjunto <strong>de</strong> invariantes que po<strong>de</strong>m<br />

ser usados pelo sujeito para domi<strong>na</strong>r o conjunto <strong>de</strong> <strong>situações</strong>;<br />

• [R] O conjunto <strong>de</strong> representações simbólicas, lingüísticas e não-linguisticas<br />

(linguag<strong>em</strong> <strong>na</strong>tural, gráficos) que permit<strong>em</strong> representar simbolicamente o conceito,<br />

suas proprieda<strong>de</strong>s, e as <strong>situações</strong> <strong>em</strong> que se aplicam (o significante do conceito).<br />

De tal <strong>de</strong>finição têm-se implicações diretas: Primeiramente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rar simultaneamente os três conjuntos [S, I, R] <strong>na</strong> análise <strong>de</strong> um conceito, tanto no<br />

aspecto do seu <strong>de</strong>senvolvimento como <strong>de</strong> seu funcio<strong>na</strong>mento (MOREIRA, 2002; SOUSA;<br />

FÁVERO, 2002). Essa concepção <strong>de</strong> conceito é coerente com a sua visão não-reducionista,<br />

on<strong>de</strong> não se po<strong>de</strong> reduzir o significado n<strong>em</strong> aos significantes, n<strong>em</strong> às <strong>situações</strong><br />

(VERGNAUD, 1990, p. 146).<br />

Retomando os princípios que fundamentam sua argumentação sobre CC, um conceito<br />

não se forma <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um único tipo <strong>de</strong> situação e uma situação não po<strong>de</strong> ser a<strong>na</strong>lisada com<br />

um só conceito (VERGNAUD, 1993b), é possível vislumbrar a importância dada às <strong>situações</strong><br />

<strong>na</strong> TCC, visto que o significado dos conceitos assenta-se sobre elas.<br />

Isto significa que uma tentativa <strong>de</strong> enquadrar <strong>de</strong> maneira pragmática a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

conceito com um “conjunto <strong>de</strong> invariantes utilizáveis <strong>na</strong> ação” é pobre, visto que a utilização<br />

<strong>de</strong> significantes explícitos é imprescindível (VERGNAUD, 1990), pois a ação operatória não<br />

constitui todo o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição do real.

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