o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
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<strong>de</strong>ntro da tradicio<strong>na</strong>l axiomatização da Física através dos Livros Didáticos (LD), envolto pela<br />
espiral 35 do Ensino <strong>de</strong> Física, claramente não conseguirá respon<strong>de</strong>r aos objetivos propostos<br />
pelos PCN, PCN+ e DCNEM. É preciso acrescentar a este ponto o fato <strong>de</strong> que praticamente<br />
não há estimulo pela aca<strong>de</strong>mia para a produção <strong>de</strong> material didático, visto que a valoração<br />
acadêmica é creditada a publicação <strong>de</strong> artigos.<br />
Retomando a estruturação dos LD, Terrazzan (1994) já discutia sobre os materiais<br />
apostilados utilizados <strong>na</strong>s escolas, que, com algumas variações, segu<strong>em</strong> uma macrodivisão<br />
clássica da Física escolar: Mecânica, Física Térmica, Ondas, Óptica e Eletromagnetismo; e,<br />
do ponto <strong>de</strong> vista da seqüência e dos conteúdos curriculares, inúmeros livros-textos<br />
brasileiros são ‘cópias disfarçadas’ uns dos outros (Terrazzan 1994, p.48).<br />
Terrazzan (1994) também escreve sobre as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se selecio<strong>na</strong>r e organizar os<br />
conteúdos para um programa didático. Segundo o autor, quando são cumpridas algumas<br />
exigências <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m teórica, sua execução se dará com um alto índice <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>, o<br />
que leva a maioria dos autores a não se distanciar<strong>em</strong> da macrodivisão tradicio<strong>na</strong>l. Nesse<br />
sentido, para trabalhos que busqu<strong>em</strong> estabelecer programações curriculares para o Ensino <strong>de</strong><br />
Física, é necessário, <strong>de</strong> acordo com Terrazzan (1994), ter uma visão clara sobre a estruturação<br />
do conhecimento <strong>na</strong> própria Ciência Física, mas, levando-se <strong>em</strong> conta que não se <strong>de</strong>ve fazer<br />
da Física Escolar puramente um espelho da estrutura da Ciência Física.<br />
Apesar da sua relevância, é preciso expandir a discussão afora <strong>de</strong>ste ponto, pois, a<br />
questão não se encontra somente no conteúdo <strong>em</strong> si ou <strong>na</strong> sua disposição estabelecida<br />
curricularmente. O tratamento dos tópicos Mo<strong>de</strong>rnos e Cont<strong>em</strong>porâneos no EM, através da<br />
aparente simplificação dos conteúdos e da utilização dos índices <strong>de</strong> livros consagrados do<br />
Ensino Superior, po<strong>de</strong>rá conduzir, se levada ao extr<strong>em</strong>o, diretamente aos mol<strong>de</strong>s das apostilas<br />
<strong>de</strong> cursinho, com conteúdos para discussão resumidos a esqu<strong>em</strong>as e simplificações, para uma<br />
m<strong>em</strong>orização instantânea e ineficiente, meramente voltada para a aplicação <strong>de</strong> macetes que<br />
resolv<strong>em</strong> exercícios padrões no vestibular 36 .<br />
35 Enten<strong>de</strong>-se aqui por espiral <strong>de</strong> ensino a visão domi<strong>na</strong>nte através dos currículos e livros didáticos <strong>de</strong> que o<br />
conhecimento <strong>de</strong> física <strong>de</strong>ve ser visto inicialmente como um estudo mais simplificado com o formalismo<br />
mat<strong>em</strong>ático básico, como nos cursos <strong>de</strong> Física Básica, seguido <strong>de</strong> um estudo mais aprofundado com um<br />
formalismo mat<strong>em</strong>ático mais avançado.<br />
36 Optamos aqui por não iniciar uma discussão sobre os concursos vestibulares e a FMC, contudo, um amplo<br />
levantamento <strong>de</strong> dados está sendo realizado. Resultados parciais po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>em</strong> REZENDE JR et al.<br />
(2005).