o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
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amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta tarefa, vamos nesse trabalho nos ater ao papel dos cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong><br />
licenciados, on<strong>de</strong> a idéia <strong>de</strong> intuição educada orienta-se <strong>em</strong> formas <strong>de</strong> buscar um Ensino <strong>de</strong><br />
Física que <strong>de</strong>senvolva, conjuntamente com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lização e teorização dos<br />
alunos, os instrumentos necessários para que os mesmos possam se comunicar com seus<br />
pares e com o mundo, ou seja, prover-lhes uma certa autonomia <strong>na</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões acerca<br />
<strong>de</strong> assuntos <strong>de</strong> cunho científico e tecnológico, mesmo que não se especializ<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das áreas do conhecimento.<br />
Agregando todas as consi<strong>de</strong>rações feitas acima à nossa idéia <strong>de</strong> intuição educada,<br />
retomamos ao questio<strong>na</strong>mento feito no inicio do Capítulo I: Qual o papel da escola <strong>na</strong><br />
constituição <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> e qual o papel da Física <strong>na</strong> escola?<br />
De uma forma geral, acreditamos que é um objetivo da escola o <strong>de</strong> proporcio<strong>na</strong>r<br />
àqueles que nela se encontram, uma formação básica para que possam encontrar saídas, ou<br />
seja, a busca por mo<strong>de</strong>los alter<strong>na</strong>tivos para uma socieda<strong>de</strong> que encontra-se <strong>em</strong> uma <strong>de</strong>liberada<br />
crise <strong>em</strong> suas estruturas, assim como o provimento <strong>de</strong> condições para que os estudantes<br />
possam estar <strong>em</strong> consonância com os acontecimentos sociais, políticos e econômicos no<br />
intuito <strong>de</strong> lhes garantir seu b<strong>em</strong>-estar social.<br />
E é justamente nesse sentido que uma escola, impreg<strong>na</strong>da <strong>de</strong> práticas baseadas <strong>na</strong><br />
repetição, centrada <strong>em</strong> ferramentas visando à rápida m<strong>em</strong>orização e o acúmulo acrítico e<br />
fragmentado <strong>de</strong> informações, completamente <strong>de</strong>sarticulados <strong>de</strong> acontecimentos sociais<br />
significativos, certamente não contribui, ou contribui muito pouco para a construção <strong>de</strong> um<br />
sujeito capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r sua realida<strong>de</strong> e nela atuar <strong>de</strong> modo crítico e criativo.<br />
Como já argumentamos anteriormente, há <strong>na</strong>s Ciências da Natureza algumas<br />
características essenciais e estruturadoras, como o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> diálogo com o seu objeto, on<strong>de</strong><br />
o mesmo é a<strong>na</strong>lisado, interpretado e suscita questões e caminhos para a investigação. Este<br />
diálogo prossegue <strong>em</strong> geral através <strong>de</strong> sua mo<strong>de</strong>lização, on<strong>de</strong> é dado ao objeto um<br />
significado, caracterizando-o conforme suas proprieda<strong>de</strong>s reconhecidas como relevantes.<br />
Neste <strong>processo</strong>, o caminho para o conhecimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fundamentalmente da<br />
criação <strong>de</strong> questões que balizam a investigação. As respostas são <strong>de</strong>corrências <strong>de</strong>sse <strong>processo</strong>.<br />
O diálogo com o objeto, não se restringe aos objetos escolares e n<strong>em</strong> mesmo aos científicos.<br />
Este é um <strong>processo</strong> que, uma vez aprendido pelos alunos, po<strong>de</strong> ser extrapolado para o<br />
tratamento <strong>de</strong> fenômenos e <strong>situações</strong> diversas. Cabe-nos aqui argumentar que este <strong>processo</strong>,<br />
talvez seja o mais relevante para a educação <strong>em</strong> Ciência. Assim, julgamos que se este