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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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que tais fenômenos se inser<strong>em</strong> <strong>em</strong> um contexto social e sofr<strong>em</strong> influências <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ntes <strong>de</strong><br />

uma realida<strong>de</strong> histórica. A relação <strong>de</strong> causa e efeito que pretendia uma linearida<strong>de</strong> entre as<br />

variáveis envolvidas é substituída pela visão <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> que age no campo da educação.<br />

Bogdan, por ex<strong>em</strong>plo, aponta como uma das características fundamentais da pesquisa<br />

qualitativa o fato <strong>de</strong> ter “o ambiente <strong>na</strong>tural como fonte direta dos dados e o pesquisador<br />

como instrumento-chave” (apud TRIVIÑOS, 1987, p.128).<br />

Desse modo, a pesquisa qualitativa <strong>de</strong>manda um contato direto entre pesquisador e o<br />

ambiente no qual se insere o fenômeno educacio<strong>na</strong>l a ser estudado, pois é on<strong>de</strong> eles<br />

acontec<strong>em</strong> <strong>na</strong>turalmente. Tal exigência se justifica pelo fato <strong>de</strong> que a situação <strong>na</strong> qual os<br />

fenômenos educacio<strong>na</strong>is ocorr<strong>em</strong> acaba por sofrer as influências do seu contexto. Além disso,<br />

todos os dados são importantes e o pesquisador precisa ficar atento ao maior número <strong>de</strong><br />

el<strong>em</strong>entos que possibilit<strong>em</strong> uma melhor compreensão do que se está estudando.<br />

Além do que foi exposto, esse tipo <strong>de</strong> estratégia permite ainda o estabelecimento <strong>de</strong><br />

relações <strong>de</strong> influências entre os indivíduos, ou como ressalta Lüdke e André, a entrevista<br />

ganha vida ao iniciar o diálogo entre o entrevistador e o entrevistado. (1986, p.34).<br />

O contato direto do pesquisador com o fenômeno estudado e o ambiente no qual está<br />

situado, permite ainda que os dados obtidos <strong>de</strong>screvam as perspectivas dos sujeitos<br />

envolvidos. E, quando essas perspectivas são consi<strong>de</strong>radas, “os estudos qualitativos permit<strong>em</strong><br />

ilumi<strong>na</strong>r o di<strong>na</strong>mismo interno das <strong>situações</strong>, geralmente i<strong>na</strong>cessíveis ao observador externo”<br />

(LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p.12). Nesse caso, os resultados e produtos não são as únicas<br />

preocupações da pesquisa qualitativa, mas também o <strong>processo</strong>, buscando suas causas e<br />

relações.<br />

T<strong>em</strong>os expressado reiteradamente que o <strong>processo</strong> da pesquisa qualitativa não admite visões isoladas,<br />

parceladas, estanques. Ela se <strong>de</strong>senvolve <strong>em</strong> interação dinâmica retroalimentando-se, reformulando-se<br />

constant<strong>em</strong>ente, <strong>de</strong> maneira que, por ex<strong>em</strong>plo, a Coleta <strong>de</strong> Dados num instante <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser tal e é<br />

Análise <strong>de</strong> Dados, e esta, <strong>em</strong> seguida, é veículo para nova busca <strong>de</strong> informações. As idéias expressas<br />

por um sujeito numa entrevista, verbi gratia, imediatamente a<strong>na</strong>lisadas e interpretadas, po<strong>de</strong>m<br />

recomendar novos encontros com outras pessoas ou a mesma, para explorar aprofundadamente o<br />

mesmo assunto ou outros tópicos que se consi<strong>de</strong>ram importantes para o esclarecimento do probl<strong>em</strong>a<br />

inicial que originou o estudo (TRIVIÑOS, 1987, p.137).<br />

Os instrumentos que ressaltam a importância do sujeito <strong>na</strong> pesquisa, segundo<br />

TRIVIÑOS (1987, p.138), se mostram “mais <strong>de</strong>cisivos para estudar os <strong>processo</strong>s e produtos<br />

nos quais está interessado o investigador qualitativo”, são a “entrevista s<strong>em</strong>i-estruturada, a<br />

entrevista aberta ou livre, o questionário aberto, a observação livre, o método clínico e o<br />

método <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo”.

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