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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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Os mesmos licenciandos, agora após reestruturar<strong>em</strong> o PT e o aplicar<strong>em</strong>, foram<br />

submetidos a uma nova pergunta surpresa <strong>em</strong> E6, também condizente com o trabalho<br />

apresentado, porém, mais elaborada e com uma linguag<strong>em</strong> mais formal. O questio<strong>na</strong>mento<br />

lançado foi:<br />

O gás hélio que t<strong>em</strong> átomos com somente dois elétrons, é quase completamente<br />

transparente aos raios-x. Diferent<strong>em</strong>ente, o gás xenônio, que consiste <strong>de</strong> átomos <strong>de</strong> 54<br />

elétrons cada, absorve os raios-X razoavelmente b<strong>em</strong>. Explique essa diferença.<br />

“O gás Hélio possui uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> menor; além disso, os elétrons da última camada do átomo do gás<br />

xenônio possu<strong>em</strong> uma energia <strong>de</strong> ligação menor; <strong>de</strong>ssa forma, ele po<strong>de</strong> muito b<strong>em</strong> absorver a energia<br />

do raio-x para ionizar-se.” (LTA – E6)<br />

“O gás xenônio possui um número atômico maior. Então....[pausa] consequent<strong>em</strong>ente, um maior<br />

número <strong>de</strong> elétrons para interceptar os raios-x, aumentando a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que isso ocorra. Além<br />

disso, os elétrons do xenônio estão mais fort<strong>em</strong>ente ligados ao átomo, o que acarreta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma maior energia para “arrancá-los” <strong>de</strong> seus estados. Paralelamente, se consi<strong>de</strong>rarmos o volume dos<br />

dois gases e uma mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partículas, ou seja, <strong>na</strong>s mesmas condições, a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do<br />

xenônio é maior que a do Hélio, o que também aumenta a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação dos raios-x com os<br />

átomos do Xenônio.” (ACA – E6)<br />

“Quanto maior for o número <strong>de</strong> elétrons, maior será a probabilida<strong>de</strong> da radiação X interagir com esses<br />

elétrons nos orbitais e ser<strong>em</strong> absorvidos. Também, geralmente el<strong>em</strong>entos químicos que possu<strong>em</strong> um<br />

número elevado <strong>de</strong> elétrons têm carga maior, logo po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que o gás xenônio, além <strong>de</strong><br />

possuir mais elétrons, t<strong>em</strong> seus orbitais mais próximos que os átomos do gás Hélio, aumentando assim a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação.” (IFF – E6)<br />

“Quanto maior é o Z [numero atômico], maior é a força coulombia<strong>na</strong>, consequent<strong>em</strong>ente aumenta o<br />

número <strong>de</strong> camadas e as primeiras ficam mais próximas. A possibilida<strong>de</strong> do raio-x se chocar será maior<br />

no que t<strong>em</strong> maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elétrons. B<strong>em</strong>, este conceito ficou claro, só não ficou clara a relação do<br />

crescimento do raio atômico. Sei que o raio não é linear ao número <strong>de</strong> camadas e sei que as camadas<br />

vão se aproximando do núcleo à medida que Z [número atômico] aumenta. Só tenho que procurar a<br />

equação (...).” (FLE – E6)<br />

Apesar <strong>de</strong> pequenos probl<strong>em</strong>as surgir<strong>em</strong> <strong>na</strong>s respostas, é preciso l<strong>em</strong>brar que os<br />

entrevistados não se prepararam, assim como para a realização <strong>de</strong> um exame, porém, suas<br />

respostas estão conceitualmente melhor estruturadas.<br />

Por ex<strong>em</strong>plo, <strong>na</strong> pergunta surpresa realizada <strong>em</strong> E5 com esse grupo <strong>de</strong> licenciandos,<br />

que discutia basicamente <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> interação da radiação com a matéria, as respostas<br />

centraram basicamente <strong>em</strong> proprieda<strong>de</strong>s das ondas. Em E6, ou seja, após reestruturar<strong>em</strong> e<br />

aplicar<strong>em</strong> o PT, apesar da pergunta surpresa ser diferente da feita <strong>em</strong> E5, elas tratavam do<br />

mesmo fenômeno. Contudo, <strong>na</strong>s respostas dadas <strong>em</strong> E6, além das características das ondas,<br />

houve uma preocupação por parte dos entrevistados <strong>em</strong> relacio<strong>na</strong>r também as características<br />

da matéria.

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