o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...
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uma pergunta tediosa e s<strong>em</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> interesse. Assim, permearam essa pergunta com<br />
respostas como:<br />
“(...) tu queres o que? que uma gela<strong>de</strong>ira trabalhe <strong>em</strong> 100.000 volts?.” (ATT – E3/G1)<br />
“Nunca pensei nisso....” (HII – E3/G1)<br />
“Acho que é porque t<strong>em</strong> alguma razão econômica para a transmissão.” (MDT – E3/G1)<br />
“É para transmitir <strong>em</strong> baixa corrente e ter menor efeito joule.” (SLO/G1)<br />
A tendência <strong>em</strong> se posicio<strong>na</strong>r <strong>de</strong> forma enfadonha se repetiu <strong>na</strong> pergunta sobre o<br />
porquê da necessida<strong>de</strong> <strong>na</strong> utilização <strong>de</strong> transformadores entre a usi<strong>na</strong> geradora e as<br />
residências, apesar <strong>de</strong> um índice elevado <strong>de</strong> respostas evasivas e inclusive erradas. Sobre essa<br />
pergunta, é preciso registrar aqui que as três respostas mais completas, com requintes <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>talhes, provieram <strong>de</strong> três graduandos <strong>em</strong> engenharia.<br />
Quando à estes entrevistados foram propostas as mesmas questões surpresa dos<br />
licenciandos <strong>em</strong> E2 ocorreu, uma singularida<strong>de</strong>. Dos 15 entrevistados, nove <strong>de</strong>les se<br />
recusaram a executar um <strong>de</strong>senho simplificado <strong>de</strong> uma casa 85 , on<strong>de</strong> foi pedido para que os<br />
entrevistados fizess<strong>em</strong> um esboço esqu<strong>em</strong>ático <strong>de</strong> uma possível ligação elétrica, <strong>de</strong> forma que<br />
seja possível “ligar” uma lâmpada <strong>em</strong> cada um dos cômodos conjuntamente com um chuveiro<br />
no banheiro. Assim como <strong>na</strong> fase E2, foi alertado que não era necessário consi<strong>de</strong>rar possíveis<br />
aterramentos, fases etc. As principais alegações surgidas para não fazer o que lhes foi pedido<br />
foram:<br />
“Eu não sei isso. Isso é coisa <strong>de</strong> engenheiro” (SSJ – E1)<br />
“Eu estou estudando Física. Qu<strong>em</strong> gosta disso é eletricista” (PPP – E3/G1)<br />
“Mas tu não ias me perguntar sobre Física?” (HII – E3/G1)<br />
“Não sei (...) Isso não faz a menor diferença para mim. (...) não quero fazer isso. (RFG – E3/G1)<br />
Dentre os seis restantes que se prontificaram a realizar o <strong>de</strong>senho, três estavam<br />
totalmente errados, como erros grosseiros inclusive, um parcialmente correto e os dois<br />
restantes perfeitamente corretos. Novamente, os esqu<strong>em</strong>as apresentados <strong>de</strong> forma correta<br />
foram realizados por dois alunos do curso <strong>de</strong> engenharia, que inclusive, atuam como<br />
professores <strong>na</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino da gran<strong>de</strong> região <strong>de</strong> Florianópolis.<br />
Em função do exagerado <strong>de</strong>sinteresse da maioria dos entrevistados <strong>em</strong> E3/G1, não foi<br />
realizada a outra pergunta surpresa que seria: Supondo que <strong>em</strong> uma <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da residência o<br />
85 Ver Anexo 1