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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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<strong>processo</strong> for introjetado pelos alunos, po<strong>de</strong> instrumentalizá-lo a tratar as mais diversas<br />

<strong>situações</strong>, mesmo <strong>em</strong> campos ou assuntos fora da Ciência. Entretanto, mesmo uma análise<br />

superficial mostra que este <strong>processo</strong> é um dos conteúdos esquecidos no Ensino <strong>de</strong> Física.<br />

Nesse sentido, nossa opção por ausentar da discussão central as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

t<strong>em</strong>as e tópicos não é para criar uma maquiag<strong>em</strong> teórica, mas t<strong>em</strong> esteio principalmente nos<br />

tradicio<strong>na</strong>is entraves quanto às estruturas curriculares e a seqüência <strong>de</strong> pré-requisitos, que<br />

s<strong>em</strong>pre acabam por impor intermináveis questio<strong>na</strong>mentos <strong>em</strong> função do fator quantida<strong>de</strong>.<br />

Aparent<strong>em</strong>ente, os t<strong>em</strong>pos mudam, mas o discurso permanece: “É s<strong>em</strong>pre muita coisa para<br />

pouco t<strong>em</strong>po”. E s<strong>em</strong>pre será. Ou seja, a discussão sobre o que agregar, o que retirar, o que<br />

privilegiar dos tópicos e t<strong>em</strong>as para os diversos níveis <strong>de</strong> escolarização s<strong>em</strong>pre será uma<br />

tarefa interminável, por isso a importância dos PPP das instituições <strong>de</strong> ensino.<br />

Mas se adotarmos um viés epist<strong>em</strong>ológico ou psico-cognitivo, essas <strong>de</strong>cisões po<strong>de</strong>m<br />

ser abrandadas, pois não se estará privilegiando “esse” ou “aquele” conteúdo, ou, “essa” ou<br />

“aquela” seqüência, mas sim a dinâmica e seu <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>conceitualização</strong>, que são<br />

mobilizáveis para outros contextos, e fundamentais para aqueles aos quais a escola sai <strong>de</strong><br />

ce<strong>na</strong>, ou seja, as <strong>situações</strong> não-didáticas, <strong>na</strong> terminologia <strong>de</strong> Jon<strong>na</strong>ert (1996).<br />

E como já <strong>de</strong>screv<strong>em</strong>os anteriormente, do mundo das Ciências/Física para a escola,<br />

muitas escolhas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser feitas, principalmente pelos professores. Infelizmente estudos têm<br />

mostrado que geralmente a Ciência como construção do intelecto humano, forjada <strong>em</strong><br />

contextos históricos e sociais próprios e fruto <strong>de</strong> investigações <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as b<strong>em</strong> <strong>de</strong>finidos,<br />

acaba sendo apresentada para os alunos como um produto acabado, restrito a um número<br />

limitado <strong>de</strong> incógnitas para aplicações repetidas <strong>em</strong> uma infindável série <strong>de</strong> exercícios, ou<br />

seja, como se aquele conhecimento, por ex<strong>em</strong>plo, relativo à primeira Lei da Termodinâmica<br />

se resumisse a ∆U= Q− W e, o pior, apresentado como se tivesse sido “<strong>de</strong>scoberto” <strong>na</strong> forma<br />

que aparece nos livros, um conhecimento “morto”, s<strong>em</strong> história e s<strong>em</strong> perspectivas.<br />

S<strong>em</strong> qualquer receio <strong>de</strong> críticas, afirmamos que <strong>na</strong> escola atual praticamente se ensi<strong>na</strong><br />

respostas s<strong>em</strong> perguntas, ou seja, ensi<strong>na</strong>-se aos alunos respon<strong>de</strong>r<strong>em</strong> perguntas, e não a fazêlas.<br />

Assim, a principal característica da Ciência, que é sua atitu<strong>de</strong> investigativa, é<br />

praticamente negada. Sob esse aspecto, não causa nenhuma estranheza o fato da maioria dos<br />

estudantes da escola básica não se interessar pelas Ciências/Física, ou ainda, minimamente<br />

não reconhecer a sua importância <strong>em</strong> épocas atuais.

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