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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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5.3 A IMPORTÂNCIA DE DISCIPLINAS INTEGRADORAS NA<br />

FORMAÇÃO CONCEITUAL DE LICENCIANDOS<br />

Da discussão iniciada anteriormente, ficou evi<strong>de</strong>nciado, através da expressão dos<br />

licenciandos, que os mesmos reconhec<strong>em</strong> ter um contato teórico-formal com a Física<br />

envolvida nos PT, os quais foram <strong>de</strong>senvolvidos durante a discipli<strong>na</strong> <strong>de</strong> INSPE B e C,<br />

contudo, principalmente com referência à FMC, <strong>na</strong> maioria das vezes, não se sent<strong>em</strong> aptos a<br />

transpô-la para o EM, sob a alegação <strong>de</strong> um contato limitado <strong>em</strong> relação à t<strong>em</strong>ática e da falta<br />

<strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plares para cumprir tal tarefa.<br />

A pertinência teórica advinda dos trabalhos <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud teve sua gênese para esse<br />

trabalho quando o autor evi<strong>de</strong>ncia que é preciso consi<strong>de</strong>rar as especificida<strong>de</strong>s do objeto do<br />

conhecimento quando há um interesse <strong>em</strong> a<strong>na</strong>lisar as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong><br />

(Verg<strong>na</strong>ud, 1990). S<strong>em</strong> dúvida, a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Verg<strong>na</strong>ud é mister no caso aqui a<strong>na</strong>lisado,<br />

visto que as especificida<strong>de</strong>s são centrais, pois tratar o objeto clássico é diferente do objeto<br />

quântico, principalmente <strong>na</strong>s perguntas que diferenciam a sua <strong>na</strong>tureza quanto nos objetivos<br />

aos quais seu ensino é proposto.<br />

Mas será essa diferenciação algo claro e fundamental <strong>na</strong> visão dos licenciandos? Com<br />

base <strong>na</strong>s entrevistas concedidas, a resposta a essa pergunta é não, tanto para os alunos que<br />

elaboraram e aplicaram os PT, cujas t<strong>em</strong>áticas referiam-se à FMC, quanto para aqueles que<br />

trabalharam com t<strong>em</strong>áticas clássicas.<br />

“Tiv<strong>em</strong>os que estudar bastante [para confecção do projeto] porque a Mat<strong>em</strong>ática é o ‘bixo’.<br />

‘Camelamos’ até para enten<strong>de</strong>r aquele pedaço do Eisberg que trata disso. (...) fora isso eu não sei se t<strong>em</strong><br />

tanta diferença assim entre trabalhar Mecânica Quântica ou Mecânica Clássica. Para os alunos do<br />

segundo grau, acho que é muito mais difícil porque os ‘caras’ [alunos do EM] não têm n<strong>em</strong> idéia <strong>de</strong><br />

potência <strong>de</strong> <strong>de</strong>z, muito menos <strong>de</strong> equação diferencial. Então o que fiz<strong>em</strong>os? D<strong>em</strong>os um jeito <strong>de</strong> dar uma<br />

idéia para eles sobre o assunto, mas se alguém resolvesse fazer alguma perguntinha mais chata nós<br />

iríamos ter que dar uma enrolada porque teve parte da Mat<strong>em</strong>ática que nós pulamos mesmo.” (AAL –<br />

E2)<br />

“O conceito é fácil [microondas], <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tu entendas o espectro [eletromagnético]. O funcio<strong>na</strong>mento<br />

do forno também não é muito complicado não. O difícil é aquela “contarada” toda que faz<strong>em</strong>os <strong>em</strong><br />

Estrutura [da matéria]. Por isso tiv<strong>em</strong>os que seguir uma linha mais conceitual no projeto.” (MRS – E2)<br />

“O professor da discipli<strong>na</strong> ficava perguntando o t<strong>em</strong>po todo para a gente: ‘on<strong>de</strong> está a Física do<br />

negócio?’ A gente levava até as contas para ele, e ele s<strong>em</strong>pre dizia ‘mas não é isso...’. Era o que então?<br />

(...) Será, então, que a gente não apren<strong>de</strong>u <strong>na</strong>da <strong>de</strong> Física até agora?” (KVV – E6)<br />

As falas selecio<strong>na</strong>das acima não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser lidas com qualquer espanto, visto que<br />

simplesmente reflet<strong>em</strong> a formação <strong>de</strong>sses licenciados. A ausência do fenômeno nos cursos

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