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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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esolução <strong>de</strong> extensas listas <strong>de</strong> exercícios, que são rapidamente adaptáveis para sua respectiva<br />

avaliação <strong>em</strong> provas e exames.<br />

Nesse caso, parece que a Física do século XX teria dificulda<strong>de</strong>s intrínsecas <strong>em</strong><br />

enquadrar-se nessa tendência escolar, face às suas características conceituais e sua <strong>de</strong>scrição.<br />

De fato, observa-se que os objetos <strong>de</strong> ensino que permit<strong>em</strong> a elaboração <strong>de</strong> exercícios e probl<strong>em</strong>as são<br />

mais valorizados no espaço escolar, <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento daqueles que ficam restritos a argumentação teórica<br />

(PINHO ALVES, 2000a, P.238).<br />

Mas mesmo tendo como um objetivo secundário <strong>em</strong> nossa análise o EM, acreditamos<br />

que propostas, como a <strong>de</strong> Brockington e Pietrocola (2004) é limitada, pois há certas<br />

incompatibilida<strong>de</strong>s com nossos pressupostos, principalmente quando afirmam que:<br />

É necessário criar uma nova rota, capaz <strong>de</strong> contor<strong>na</strong>r o obstáculo gerado pelo formalismo mat<strong>em</strong>ático,<br />

inerente a essas novas teorias, criando ativida<strong>de</strong>s que tenham maior ênfase <strong>na</strong> argumentação <strong>de</strong> cunho<br />

filosófico, privilegiando o <strong>de</strong>bate e as características mais qualitativas do conhecimento (p.11).<br />

As divergências <strong>de</strong> nossas idéias com a colocação acima são patentes, pois os autores<br />

citados caracterizam a linguag<strong>em</strong> mat<strong>em</strong>ática como um obstáculo quase intransponível. Ou<br />

seja, advogamos aqui, que talvez a linguag<strong>em</strong> mat<strong>em</strong>ática não seja o (único ou o maior)<br />

obstáculo, mas talvez, o maior <strong>de</strong>les esteja <strong>na</strong> <strong>na</strong>tureza conflitiva da t<strong>em</strong>ática e a ausência <strong>de</strong><br />

propostas que consi<strong>de</strong>r<strong>em</strong> as diferenciações dos objetos (mo<strong>de</strong>rno e clássico), a ausência do<br />

<strong>processo</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lização pelos estudantes, seja da Educação Básica ou licenciandos <strong>em</strong><br />

Física, e a <strong>de</strong>scaracterização do fenômeno a ser estudado. Isto é, o conteúdo referente à FMC<br />

impõe ativida<strong>de</strong>s e discussões que claramente não se enquadram ao tipo tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong><br />

<strong>situações</strong> escolares, o que necessariamente exig<strong>em</strong> sentidos que também não são os<br />

tradicio<strong>na</strong>is.<br />

Por ex<strong>em</strong>plo, tentativas <strong>de</strong> elimi<strong>na</strong>r discipli<strong>na</strong>s clássicas da formação <strong>de</strong> licenciandos<br />

como Estrutura da Matéria, substituindo-a por Mecânica Quântica é claramente um “ato<br />

falho”, ou seja, <strong>na</strong>da mais é que uma tentativa <strong>de</strong> reconstruir para a FMC as <strong>situações</strong><br />

escolares tradicio<strong>na</strong>is.<br />

Se r<strong>em</strong>ontarmos ainda o quesito “linguag<strong>em</strong> mat<strong>em</strong>ática” referente à MQ,<br />

observar<strong>em</strong>os que a mesma envolve conceitos conhecidos como espaços vetoriais, álgebra <strong>de</strong><br />

matrizes ou equações diferenciais simples. Um formalismo <strong>em</strong> geral muito menos “pesado”<br />

do que o referente ao Eletromagnetismo ou a Mecânica A<strong>na</strong>lítica. No entanto, <strong>em</strong> Estrutura da<br />

Matéria, este formalismo (ou os aspectos mais formais <strong>de</strong>le) não é exigido <strong>de</strong> forma imediata,<br />

pois claramente são necessárias abordagens que incit<strong>em</strong> características mais qualitativas do

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