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o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

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seja, propiciando uma interação dinâmica e fornecendo um significado, ou um novo<br />

significado aos conceitos trabalhados durante o <strong>de</strong>senvolvimento dos PT.<br />

E conforme já discutimos anteriormente, é possível afirmar que no Ensino <strong>de</strong> Física,<br />

seja no Ensino Superior ou Médio, o peso maior está <strong>na</strong> dupla [I,R] sendo que <strong>de</strong> [S] t<strong>em</strong>os<br />

ape<strong>na</strong>s um recorte muito pequeno, que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido com um [S-didático], que <strong>na</strong> maior<br />

parte das vezes se limita a ex<strong>em</strong>plos e probl<strong>em</strong>as que testam a aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma teoria<br />

que se supõe estudada e compreendida.<br />

A nosso ver, no Ensino <strong>de</strong> Física o tratamento <strong>de</strong> questões ou t<strong>em</strong>as mais amplos<br />

envolvendo CC, que obrigu<strong>em</strong> os estudantes a enfrentar a fenomenologia envolvida e elaborála<br />

através da mo<strong>de</strong>lização, po<strong>de</strong> constituir <strong>situações</strong> didáticas a<strong>de</strong>quadas para uma<br />

<strong>conceitualização</strong> progressiva.<br />

O tratamento dos t<strong>em</strong>as exige ainda dos licenciandos uma elaboração mais profunda<br />

dos conceitos anteriormente adquiridos e o questio<strong>na</strong>mento sobre sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> articulálos<br />

e utilizá-los para a<strong>na</strong>lisar os fenômenos presentes nos mesmos.<br />

É importante frisar que os fenômenos tratados <strong>de</strong>ntro dos t<strong>em</strong>as não aparec<strong>em</strong> já<br />

formalizados, como é usual nos Livros Textos. Por se tratar<strong>em</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>as gerais, é necessário<br />

que os estudantes façam recortes, escolham <strong>de</strong>ntro da gama <strong>de</strong> fenômenos aqueles que sejam<br />

mais relevantes. E, ao se <strong>de</strong>bruçar<strong>em</strong> sobre os fenômenos escolhidos, eles são obrigados a<br />

buscar os conceitos e variáveis relevantes associando-os ao conhecimento físico. Para tanto, é<br />

necessário que os fenômenos sejam mo<strong>de</strong>lizados e ao fi<strong>na</strong>l sejam novamente formalizados.<br />

Esta elaboração é ainda motivada e guiada pelos objetivos <strong>de</strong> retransmitir os conceitos<br />

para alunos do EM, o que implica num trabalho necessário <strong>de</strong> TD, conforme já discutido e<br />

evi<strong>de</strong>nciado anteriormente <strong>na</strong> fala dos entrevistados. E esta Transposição implica também<br />

numa reflexão por parte dos licenciandos sobre o seu <strong>processo</strong> <strong>de</strong> elaboração.<br />

Em um sentido compl<strong>em</strong>entar, ao fazer sua análise fi<strong>na</strong>l a respeito da formação<br />

pedagógica no curso <strong>de</strong> licenciatura <strong>em</strong> Física da UFSC, Westphal (2006) conclui:<br />

A gra<strong>de</strong> curricular, por sua vez, é tida como ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque positivo no curso, seja pelos professores,<br />

seja pelos licenciados, com especial ênfase para o grupo <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas por Instrumentação<br />

para o Ensino <strong>de</strong> Física. Este grupo <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s surge como um diferencial que se revela<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte no <strong>processo</strong> formativo dos licenciados. O seu objetivo instrumental e as metodologias <strong>de</strong><br />

ensino nele aplicadas revert<strong>em</strong> (ou tentam reverter) o padrão pedagógico tradicio<strong>na</strong>l, aproximam o<br />

licenciando da sua futura profissão e os estimulam a ver o conhecimento que construiu <strong>de</strong> uma nova<br />

maneira. As discipli<strong>na</strong>s <strong>de</strong>ste grupo promov<strong>em</strong> uma renovação <strong>na</strong> relação entre os próprios licenciandos<br />

e, não raramente, entre estes e seus professores, que, <strong>em</strong> alguns casos, passam a ser vistos como<br />

parceiros no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um projeto (WESTPHAL, 2006, p. 179).

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