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Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017 [materialcursoseconcursos.blogspot.com.br]

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e negando-se o empreiteiro a <strong>de</strong>sempenhar sua tarefa, o tomador que tem urgência po<strong>de</strong>rá contratar<<strong>br</strong> />

antecipadamente<<strong>br</strong> />

serviço <strong>de</strong> outrem, pleiteando <strong>de</strong>pois a in<strong>de</strong>nização cabível do empreiteiro original.<<strong>br</strong> />

o<<strong>br</strong> />

, que é aquela que tem natureza personalíssima ou , em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

b)<<strong>br</strong> />

constante do instrumento o<strong>br</strong>igacional ou pela própria natureza da prestação. Em casos <strong>de</strong> inadimplemento <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

regra<<strong>br</strong> />

do <strong>de</strong>vedor, o credor terá as seguintes opções:<<strong>br</strong> />

culpa<<strong>br</strong> />

Exigir o cumprimento forçado da o<strong>br</strong>igação, por meio <strong>de</strong> tutela específica, <strong>com</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> multa ou<<strong>br</strong> />

1.º)<<strong>br</strong> />

(mais uma vez <strong>com</strong> base no art. 497 do CPC/2015, no art. 461 do CPC/1973 e no art. 84 do CDC, o último se a<<strong>br</strong> />

“astreintes”<<strong>br</strong> />

for <strong>de</strong> consumo).<<strong>br</strong> />

relação<<strong>br</strong> />

O cumprimento forçado da o<strong>br</strong>igação assumida, ou seja, a abstenção do ato, por meio <strong>de</strong> tutela específica, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

1.º)<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> multa ou “astreintes” (art. 497 do CPC/2015, art. 461 do CPC/1973 e art. 84 do CDC).<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Não interessando mais a o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> não fazer, o credor po<strong>de</strong>rá exigir perdas e danos (art. 251, , do CC).<<strong>br</strong> />

2.º)<<strong>br</strong> />

– Como outra novida<strong>de</strong> diante do seu antecessor, o art. 251, parágrafo único, do CC/2002, introduziu a<<strong>br</strong> />

Observação<<strong>br</strong> />

civil para cumprimento das o<strong>br</strong>igações <strong>de</strong> não fazer, nos seguintes termos: “Em caso <strong>de</strong> urgência, po<strong>de</strong>rá o<<strong>br</strong> />

autotutela<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sfazer ou mandar <strong>de</strong>sfazer, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento<<strong>br</strong> />

credor<<strong>br</strong> />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

2.º) Não interessando mais a o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> fazer, exigir perdas e danos (art. 247 do CC).<<strong>br</strong> />

Por <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro, segundo o art. 248 do CC/2002, caso a o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> fazer, nas duas modalida<strong>de</strong>s,<<strong>br</strong> />

torne­se impossível sem culpa do <strong>de</strong>vedor, resolve­se a o<strong>br</strong>igação sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

perdas e danos. A título <strong>de</strong> exemplo, imagine­se a hipótese <strong>de</strong> falecimento <strong>de</strong> um pintor contratado, que<<strong>br</strong> />

tinha arte única.<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igação negativa <strong>de</strong> não fazer<<strong>br</strong> />

3.5.1.3<<strong>br</strong> />

A o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> não fazer (obligatio ad non faciendum) é a única o<strong>br</strong>igação negativa admitida no<<strong>br</strong> />

<strong>Direito</strong> Privado Brasileiro, tendo <strong>com</strong>o objeto a abstenção <strong>de</strong> uma conduta. Por tal razão, havendo<<strong>br</strong> />

inadimplemento, a regra do art. 390 da codificação material merece aplicação, in verbis, “nas o<strong>br</strong>igações<<strong>br</strong> />

negativas o <strong>de</strong>vedor é havido por inadimplente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia em que executou o ato <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>via<<strong>br</strong> />

abster”. O que se percebe é que o <strong>de</strong>scumprimento da o<strong>br</strong>igação negativa se dá quando o ato é praticado.<<strong>br</strong> />

A o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> não fazer é quase sempre infungível, personalíssima (intuitu personae), sendo<<strong>br</strong> />

também predominantemente indivisível pela sua natureza, nos termos do art. 258 do Código <strong>Civil</strong>.<<strong>br</strong> />

Como exemplo, cite­se o contrato <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>, pelo qual alguém não po<strong>de</strong> revelar<<strong>br</strong> />

informações, geralmente empresariais ou industriais, <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada pessoa ou empresa.<<strong>br</strong> />

Em havendo inadimplemento <strong>com</strong> culpa do <strong>de</strong>vedor, o credor po<strong>de</strong>rá exigir:<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vido”.<<strong>br</strong> />

Por fim, nos termos do art. 250 do CC, se o adimplemento da o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> não fazer tornar­se<<strong>br</strong> />

impossível sem culpa do <strong>de</strong>vedor, será resolvida. Ilustre­se <strong>com</strong> a hipótese <strong>de</strong> falecimento daquele que<<strong>br</strong> />

tinha a o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Classificação da o<strong>br</strong>igação quanto à <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> do seu 3.5.2<<strong>br</strong> />

A presente classificação leva em conta a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> prestação ou o objeto o<strong>br</strong>igacional, ou<<strong>br</strong> />

seja, se ele é único ou não. Vejamos então quais são as modalida<strong>de</strong>s o<strong>br</strong>igacionais que surgem no<<strong>br</strong> />

presente ponto da matéria.<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igação simples<<strong>br</strong> />

3.5.2.1<<strong>br</strong> />

Aquela que se apresenta <strong>com</strong> somente uma prestação, não havendo <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> objetiva. Como

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