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Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017 [materialcursoseconcursos.blogspot.com.br]

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73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor<<strong>br</strong> />

Art.<<strong>br</strong> />

que verse so<strong>br</strong>e direito real imobiliário, salvo quando casados sob<<strong>br</strong> />

ação<<strong>br</strong> />

10. O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro<<strong>br</strong> />

Art.<<strong>br</strong> />

propor ações que versem so<strong>br</strong>e direitos reais imobiliários.<<strong>br</strong> />

para<<strong>br</strong> />

1.º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: § 1.º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações:<<strong>br</strong> />

§<<strong>br</strong> />

único renumerado pela Lei n.º 8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<<strong>br</strong> />

(Parágrafo<<strong>br</strong> />

– que verse so<strong>br</strong>e direito real imobiliário, salvo quando casados sob o<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> separação absoluta <strong>de</strong> bens;<<strong>br</strong> />

regime<<strong>br</strong> />

– resultante <strong>de</strong> fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou <strong>de</strong> ato<<strong>br</strong> />

II<<strong>br</strong> />

por eles; praticado<<strong>br</strong> />

– fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da<<strong>br</strong> />

III<<strong>br</strong> />

família;<<strong>br</strong> />

– que tenha por objeto o reconhecimento, constituição ou extinção<<strong>br</strong> />

IV<<strong>br</strong> />

ônus so<strong>br</strong>e imóvel <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> ambos os cônjuges.<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2.º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do<<strong>br</strong> />

§<<strong>br</strong> />

somente é indispensável nas hipóteses <strong>de</strong> <strong>com</strong>posse ou <strong>de</strong> ato por<<strong>br</strong> />

réu<<strong>br</strong> />

3.º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável <strong>com</strong>provada nos<<strong>br</strong> />

§<<strong>br</strong> />

autos.<<strong>br</strong> />

– que versem so<strong>br</strong>e direitos reais imobiliários; (Redação dada pela Lei<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<<strong>br</strong> />

n.º<<strong>br</strong> />

– resultantes <strong>de</strong> fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

II<<strong>br</strong> />

praticados por eles; (Redação dada pela Lei n.º 5.925, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

atos<<strong>br</strong> />

– fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família,<<strong>br</strong> />

III<<strong>br</strong> />

cuja execução tenha <strong>de</strong> recair so<strong>br</strong>e o produto do trabalho da<<strong>br</strong> />

mas<<strong>br</strong> />

ou os seus bens reservados (redação dada pela Lei n. 5.925, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

mulher<<strong>br</strong> />

1.º.10.1973)<<strong>br</strong> />

– que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a<<strong>br</strong> />

IV<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ônus so<strong>br</strong>e imóveis <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> ambos os cônjuges.<<strong>br</strong> />

extinção<<strong>br</strong> />

2.º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do<<strong>br</strong> />

§<<strong>br</strong> />

somente é indispensável nos casos <strong>de</strong> <strong>com</strong>posse ou <strong>de</strong> ato por<<strong>br</strong> />

réu<<strong>br</strong> />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

Novo Código <strong>de</strong> Processo <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

Código <strong>de</strong> Processo <strong>Civil</strong> Antigo<<strong>br</strong> />

o regime <strong>de</strong> separação absoluta <strong>de</strong> bens.<<strong>br</strong> />

(Redação dada pela Lei n.º 8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<<strong>br</strong> />

1.º.10.1973.)<<strong>br</strong> />

(Redação dada pela Lei n. 5.925, <strong>de</strong> 1.º.10.1973.)<<strong>br</strong> />

ambos praticado.<<strong>br</strong> />

ambos praticados. (Incluído pela Lei n.º 8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<<strong>br</strong> />

Foi mantida a regra antece<strong>de</strong>nte, agora no art. 74 do CPC/2015, no sentido <strong>de</strong> que tal consentimento para as<<strong>br</strong> />

ações reais so<strong>br</strong>e imóveis possa ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo<<strong>br</strong> />

motivo, ou quando lhe seja impossível concedê­lo. Em <strong>com</strong>plemento, a falta <strong>de</strong> consentimento invalida o<<strong>br</strong> />

processo quando necessário e não suprido pelo juiz. Essas eram as premissas expostas no art. 11 do CPC/1973,<<strong>br</strong> />

sem qualquer mudança mais substancial.<<strong>br</strong> />

O novo dispositivo processual da tabela <strong>de</strong>ve ser confrontado <strong>com</strong> o antes exposto art. 1.647, II, do Código<<strong>br</strong> />

<strong>Civil</strong>, que faz a mesma exigência, <strong>de</strong> outorga conjugal, para as ações que dizem respeito a direitos reais<<strong>br</strong> />

imobiliários. E, diante da previsão do § 3.º do art. 73 do Novo CPC, essa exigência passa a ser presente nos<<strong>br</strong> />

casos <strong>de</strong> união estável <strong>com</strong>provada nos autos (outorga convivencial).<<strong>br</strong> />

A dúvida que se retoma é a seguinte: nas situações dos <strong>de</strong>mais incisos do art. 1.647, que concernem a atos<<strong>br</strong> />

puramente materiais, <strong>com</strong>o a venda ou outras alienações <strong>de</strong> imóvel, <strong>com</strong>o ficam a fiança e a doação <strong>de</strong> bens<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>uns? Haverá necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outorga convivencial em tais hipóteses?<<strong>br</strong> />

Já foi <strong>de</strong>monstrado que o tema divi<strong>de</strong> tanto a doutrina quanto a jurisprudência nacionais, havendo correntes<<strong>br</strong> />

que respon<strong>de</strong>m positiva e negativamente à pergunta formulada.<<strong>br</strong> />

Acrescente­se que, ao final <strong>de</strong> 2014, surgiu outra forma <strong>de</strong> julgar na Superior Instância, que parece indicar<<strong>br</strong> />

uma terceira via, respon<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> para a necessida<strong>de</strong> da outorga convivencial nos casos <strong>de</strong>scritos no art.<<strong>br</strong> />

1.647 do Código <strong>Civil</strong>. Conforme acórdão publicado no Informativo n. 554 do Tribunal <strong>de</strong> Cidadania, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fevereiro <strong>de</strong> 2015, a invalida<strong>de</strong> da venda <strong>de</strong> imóvel <strong>com</strong>um, fundada na ausência <strong>de</strong> outorga do <strong>com</strong>panheiro,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da publicida<strong>de</strong> conferida à união estável. E essa publicida<strong>de</strong> se dá mediante a averbação <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

convivência ou da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>claratória da existência <strong>de</strong> união estável no Cartório <strong>de</strong> Registro <strong>de</strong> Imóveis em que<<strong>br</strong> />

cadastrados os bens <strong>com</strong>uns, ou da <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> má­fé do adquirente (STJ, REsp 1.424.275/MT, Rel. Min.<<strong>br</strong> />

Paulo <strong>de</strong> Tarso Sanseverino, j. 04.12.2014, DJe 16.12.2014).

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