08.04.2017 Views

Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017 [materialcursoseconcursos.blogspot.com.br]

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

nu-proprietário po<strong>de</strong> locar o imóvel objeto <strong>de</strong> usufruto? Não, somente o usufrutuário, que tem o atributo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

ou fruir. gozar<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ingressar <strong>com</strong> a ação reivindicatória da coisa em usufruto? Somente o nu-proprietário, pela estrutura<<strong>br</strong> />

Quem<<strong>br</strong> />

Porém, ressalte-se que existem julgados superiores que reconhecem a legitimida<strong>de</strong> do usufrutuário<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>monstrada.<<strong>br</strong> />

a ação petitória. Por todos, colaciona-se: “Cinge-se a controvérsia a <strong>de</strong>finir se o usufrutuário tem<<strong>br</strong> />

para<<strong>br</strong> />

para propor ação petitória/reivindicatória para fazer prevalecer o seu direito <strong>de</strong> usufruto<<strong>br</strong> />

legitimida<strong>de</strong>/interesse<<strong>br</strong> />

o bem. O usufrutuário – na condição <strong>de</strong> possuidor direto do bem – po<strong>de</strong> valer-se das ações possessórias<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

o possuidor indireto (nu-proprietário) e – na condição <strong>de</strong> titular <strong>de</strong> um direito real limitado (usufruto) –<<strong>br</strong> />

contra<<strong>br</strong> />

tem legitimida<strong>de</strong>/interesse para a propositura <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> caráter petitório, tal <strong>com</strong>o a reivindicatória,<<strong>br</strong> />

também<<strong>br</strong> />

o nu-proprietário ou contra terceiros” (STJ, REsp 1.202.843/PR, 3.ª Turma, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas<<strong>br</strong> />

contra<<strong>br</strong> />

j. 21.10.2014, DJe 28.10.2014). Com o <strong>de</strong>vido respeito, não se filia a essa forma <strong>de</strong> julgar pois o atributo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Cueva,<<strong>br</strong> />

a coisa somente cabe ao nu-proprietário, conforme anteriormente exposto, mesmo havendo um<<strong>br</strong> />

reivindicar<<strong>br</strong> />

vitalício, <strong>com</strong>o na hipótese fática tratada pelo aresto.<<strong>br</strong> />

usufruto<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ingressar <strong>com</strong> ação possessória relativa ao bem? Ambos, pois são possuidores: o usufrutuário é<<strong>br</strong> />

Quem<<strong>br</strong> />

legal – que <strong>de</strong>corre da lei e não da vonta<strong>de</strong> das partes, sendo <strong>de</strong>snecessário o seu registro no<<strong>br</strong> />

Usufruto<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Imóveis. Exemplos: usufruto dos pais so<strong>br</strong>e os bens dos filhos menores (art. 1.689, inc. I, do CC),<<strong>br</strong> />

Registro<<strong>br</strong> />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

atributos do domínio, conforme o esquema a seguir:<<strong>br</strong> />

Da simbologia criada po<strong>de</strong>m ser extraídas algumas perguntas, a seguir respondidas, fundamentais<<strong>br</strong> />

para a <strong>com</strong>preensão do instituto do usufruto:<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

nu-proprietário po<strong>de</strong> usar a coisa? Não, apenas o usufrutuário.<<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

usufrutuário po<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r o bem? Não, somente o nu-proprietário, que tem o atributo <strong>de</strong> disposição.<<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

possuidor direto; o nu-proprietário indireto.<<strong>br</strong> />

Nos termos do art. 1.390 do CC, o usufruto po<strong>de</strong> recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis,<<strong>br</strong> />

em um patrimônio inteiro, ou parte <strong>de</strong>ste, a<strong>br</strong>angendo­lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilida<strong>de</strong>s. O<<strong>br</strong> />

usufruto <strong>de</strong> imóveis, quando não resulte <strong>de</strong> usucapião, constituir­se­á mediante registro no Cartório <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Registro <strong>de</strong> Imóveis (art. 1.391 do CC). De imediato, fica claro que o usufruto po<strong>de</strong> ter origem na<<strong>br</strong> />

convenção das partes ou em usucapião (o que é bem raro, diga­se <strong>de</strong> passagem). Na prática, a situação<<strong>br</strong> />

mais <strong>com</strong>um <strong>de</strong> usufruto envolve a doação, em que o doador transmite a proprieda<strong>de</strong> mantendo para si a<<strong>br</strong> />

reserva <strong>de</strong> usufruto (chamado <strong>de</strong> usufruto <strong>de</strong>ducto).<<strong>br</strong> />

Conforme se retira da melhor doutrina, o usufruto admite as seguintes classificações: 152<<strong>br</strong> />

I)<<strong>br</strong> />

Quanto ao modo <strong>de</strong> instituição ou quanto à origem:<<strong>br</strong> />

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!