08.04.2017 Views

Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017 [materialcursoseconcursos.blogspot.com.br]

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

a estrutura do franqueador que ce<strong>de</strong>, inclusive, o direito <strong>de</strong> utilização da marca. Observa-se que o franqueado<<strong>br</strong> />

toda<<strong>br</strong> />

toda essa estrutura não <strong>com</strong>o <strong>de</strong>stinatário final, mas para repassá-la aos consumidores finais, que irão adquirir<<strong>br</strong> />

recebe<<strong>br</strong> />

produtos ou serviços. O franqueado não é <strong>de</strong>stinatário final econômico do serviço prestado, pois <strong>de</strong>le retira o seu<<strong>br</strong> />

seus<<strong>br</strong> />

Desse modo, o contrato não assume a forma <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> consumo, mas, na prática, é contrato <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são, eis<<strong>br</strong> />

lucro.<<strong>br</strong> />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

que o franqueador impõe todo o conteúdo do pacto, na gran<strong>de</strong> maioria das vezes.<<strong>br</strong> />

Quanto à presença <strong>de</strong> formalida<strong>de</strong>s ou solenida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

5.2.7<<strong>br</strong> />

Forçoso repisar a diferenciação entre e solenida<strong>de</strong>. Forma é gênero, ou seja, qualquer<<strong>br</strong> />

formalida<strong>de</strong>, caso da forma escrita. Solenida<strong>de</strong> é espécie, querendo significar o ato público, caso da<<strong>br</strong> />

escritura pública, lavrada no Tabelionato <strong>de</strong> Notas. 7 Feito esse esclarecimento, vejamos as quatro<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> categorias:<<strong>br</strong> />

a)<<strong>br</strong> />

b)<<strong>br</strong> />

c)<<strong>br</strong> />

d)<<strong>br</strong> />

Contrato formal – aquele que exige qualquer formalida<strong>de</strong>, caso da forma escrita. Exemplo: o<<strong>br</strong> />

contrato <strong>de</strong> fiança <strong>de</strong>ve ser cele<strong>br</strong>ado por escrito (art. 819 do CC).<<strong>br</strong> />

Contrato informal – não exige qualquer formalida<strong>de</strong>, constituindo regra geral pelo sistema civil<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiro, pelo que consta do art. 107 do CC, que consagra o princípio da liberda<strong>de</strong> das<<strong>br</strong> />

formas. Exemplo: prestação <strong>de</strong> serviço.<<strong>br</strong> />

Contrato solene – aquele que exige solenida<strong>de</strong> pública. O art. 108 do CC enuncia que a<<strong>br</strong> />

escritura pública somente é necessária para os negócios <strong>de</strong> alienação <strong>de</strong> imóvel <strong>com</strong> valor<<strong>br</strong> />

superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. Ilustrando, em havendo <strong>com</strong>pra<<strong>br</strong> />

e venda <strong>de</strong> imóvel <strong>com</strong> valor superior a tal parâmetro, necessária a escritura pública (contrato<<strong>br</strong> />

solene e formal). Se o imóvel tiver valor inferior, dispensa­se a escritura, mas é fundamental a<<strong>br</strong> />

forma escrita, para o registro (contrato não solene, mas formal).<<strong>br</strong> />

Contrato não solene – Não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se lavrar a escritura pública em Tabelionato <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Notas, <strong>com</strong>o no último exemplo citado.<<strong>br</strong> />

5.2.8<<strong>br</strong> />

a)<<strong>br</strong> />

b)<<strong>br</strong> />

Quanto à in<strong>de</strong>pendência contratual. Os contratos coligados ou conexos<<strong>br</strong> />

Contrato principal ou in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte – existe por si só, não havendo qualquer relação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pendência em relação ao outro pacto. Como exemplo, po<strong>de</strong> ser citado o contrato <strong>de</strong> locação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

imóvel urbano, regido pela Lei 8.245/1991.<<strong>br</strong> />

Contrato acessório – aquele cuja valida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um outro negócio, o contrato principal. O<<strong>br</strong> />

exemplo típico é o contrato <strong>de</strong> fiança, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> outro, <strong>com</strong>o, por exemplo, <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

contrato <strong>de</strong> locação <strong>de</strong> imóvel urbano. Diante do princípio da gravitação jurídica, pelo qual o<<strong>br</strong> />

acessório segue o principal, tudo o que ocorre no contrato principal repercute no acessório.<<strong>br</strong> />

Desse modo, sendo nulo o contrato principal, nulo será o acessório; sendo anulável o principal<<strong>br</strong> />

o mesmo ocorrerá <strong>com</strong> o acessório; ocorrendo prescrição da dívida do contrato principal, o<<strong>br</strong> />

contrato acessório estará extinto; e assim sucessivamente. Todavia, <strong>de</strong>ve ficar claro que o que<<strong>br</strong> />

ocorre no contrato acessório não repercute no principal. Assim sendo, a nulida<strong>de</strong> do contrato<<strong>br</strong> />

acessório não gera a nulida<strong>de</strong> do contrato principal; a anulabilida<strong>de</strong> do contrato acessório não<<strong>br</strong> />

gera a nulida<strong>de</strong> relativa do principal e assim <strong>de</strong> forma sucessiva. A conclusão é retirada do art.<<strong>br</strong> />

184 do CC, segundo o qual “Respeitada a intenção das partes, a invalida<strong>de</strong> parcial <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalida<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igação principal implica a das o<strong>br</strong>igações acessórias, mas a <strong>de</strong>stas não induz a da o<strong>br</strong>igação<<strong>br</strong> />

principal”.<<strong>br</strong> />

Conceito <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para o <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong> contemporâneo é o <strong>de</strong> contratos coligados,<<strong>br</strong> />

situação que, em regra, existe uma in<strong>de</strong>pendência entre os negócios jurídicos cujos efeitos estão

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!