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Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017 [materialcursoseconcursos.blogspot.com.br]

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do <strong>de</strong>vedor + Impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as prestações + Escolha cabe ao credor = Valor <strong>de</strong> qualquer uma das<<strong>br</strong> />

Culpa<<strong>br</strong> />

+ Perdas e danos.<<strong>br</strong> />

prestações<<strong>br</strong> />

– Deve-se tomar o <strong>de</strong>vido cuidado categórico, pois as duas formas <strong>de</strong> o<strong>br</strong>igações <strong>com</strong>postas analisadas<<strong>br</strong> />

Observação<<strong>br</strong> />

e conjuntiva) não se confun<strong>de</strong>m <strong>com</strong> a , que possui somente uma prestação,<<strong>br</strong> />

(alternativa<<strong>br</strong> />

por uma faculda<strong>de</strong> a ser cumprida pelo <strong>de</strong>vedor <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a sua opção ou conveniência. Como o<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhada<<strong>br</strong> />

não po<strong>de</strong> exigir essa faculda<strong>de</strong>, não havendo quanto a esta, a o<strong>br</strong>igação facultativa constitui uma forma <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

credor<<strong>br</strong> />

simples. 21 As respostas <strong>de</strong> enquadramento <strong>de</strong>vem ser dadas caso a caso, principalmente <strong>com</strong> a análise do<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igação<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igacional. A o<strong>br</strong>igação facultativa não está prevista no Código <strong>Civil</strong>. De qualquer modo, é normalmente<<strong>br</strong> />

instrumento<<strong>br</strong> />

pela doutrina e pela jurisprudência. Trazendo exemplo interessante <strong>com</strong> citação doutrinária, transcreve-se, do<<strong>br</strong> />

tratada<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Minas Gerais: “Contrato <strong>de</strong> arrendamento rural. Forma <strong>de</strong> pagamento. Percentual so<strong>br</strong>e o valor do produto<<strong>br</strong> />

Tribunal<<strong>br</strong> />

Descaracterização para parceria rural. Inocorrência. ‘No arrendamento, a remuneração do contrato é sempre<<strong>br</strong> />

colhido.<<strong>br</strong> />

em dinheiro, equivalente ao aluguel da locação em geral. O fato <strong>de</strong> o aluguel ser fixado em dinheiro,<<strong>br</strong> />

estabelecida<<strong>br</strong> />

não impe<strong>de</strong> que o cumprimento da o<strong>br</strong>igação seja substituído por quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frutos cujo preço corrente no<<strong>br</strong> />

contudo,<<strong>br</strong> />

local, nunca inferior ao preço mínimo oficial, equivalha ao aluguel, à época da liquidação’ (Artigo 18, do<<strong>br</strong> />

mercado<<strong>br</strong> />

‘Trata-se <strong>de</strong> o<strong>br</strong>igação facultativa, pois o <strong>de</strong>vedor po<strong>de</strong> optar por substituir seu objeto quando do<<strong>br</strong> />

Regulamento).<<strong>br</strong> />

(Sílvio <strong>de</strong> Sávio Venosa. . 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003. p. 360). Apelação não provida” (TJMG,<<strong>br</strong> />

pagamento’.<<strong>br</strong> />

1.0118.05.003165-7/001, Canápolis, 10.ª Câmara Cível, Rel. Des. Pereira da Silva, j. 26.06.2007, <<strong>br</strong> />

Acórdão<<strong>br</strong> />

13.07.2007).<<strong>br</strong> />

das o<strong>br</strong>igações quanto ao número <strong>de</strong> pessoas envolvidas. Estudo<<strong>br</strong> />

Classificação<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igações solidárias<<strong>br</strong> />

das<<strong>br</strong> />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

Também nessa situação (culpa do <strong>de</strong>vedor), cabendo a escolha ao credor e tornando­se impossível<<strong>br</strong> />

o cumprimento <strong>de</strong> ambas as prestações, o último po<strong>de</strong>rá exigir o valor <strong>de</strong> qualquer uma das duas<<strong>br</strong> />

prestações, sem prejuízo da reparação por prejuízos materiais e morais. Pelo dispositivo em questão,<<strong>br</strong> />

percebe­se a natureza jurídica da o<strong>br</strong>igação alternativa, uma vez que somente uma das prestações po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ser exigida, em todos os casos. Esquematizando:<<strong>br</strong> />

Por fim, dispõe o art. 256 do atual Código <strong>Civil</strong> que, se todas as prestações se tornarem<<strong>br</strong> />

impossíveis sem culpa do <strong>de</strong>vedor, extinguir­se­á a o<strong>br</strong>igação.<<strong>br</strong> />

3.5.3<<strong>br</strong> />

Conceitos básicos e regras gerais (arts. 264 a 266 do CC)<<strong>br</strong> />

3.5.3.1<<strong>br</strong> />

Assim <strong>com</strong>o ocorre em relação à prestação, as o<strong>br</strong>igações po<strong>de</strong>m ser <strong>com</strong>plexas no que concerne às<<strong>br</strong> />

partes envolvidas (o<strong>br</strong>igações <strong>com</strong>plexas subjetivas). Desse modo, em havendo mais <strong>de</strong> um credor,<<strong>br</strong> />

haverá uma o<strong>br</strong>igação <strong>com</strong>plexa subjetiva ativa. Se estiverem presentes dois ou mais <strong>de</strong>vedores, nessa<<strong>br</strong> />

situação é <strong>de</strong> o<strong>br</strong>igação <strong>com</strong>plexa subjetiva passiva. Em ambas as hipóteses, ganha relevo o estudo das<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igações solidárias, importantíssimas para a prática o<strong>br</strong>igacional.<<strong>br</strong> />

Ao tratar da matéria, o CC/2002 traz regras gerais (arts. 264 a 266), preceitos relativos à<<strong>br</strong> />

solidarieda<strong>de</strong> ativa (arts. 267 a 274) e normas que regulamentam a solidarieda<strong>de</strong> passiva (arts. 275 a<<strong>br</strong> />

285).<<strong>br</strong> />

Iniciando­se pelas regras gerais, prevê o art. 264 do CC que há solidarieda<strong>de</strong>, quando na mesma<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igação concorrer mais <strong>de</strong> um credor, ou mais <strong>de</strong> um <strong>de</strong>vedor, cada um <strong>com</strong> direito ou o<strong>br</strong>igado à<<strong>br</strong> />

dívida toda. Dessa forma, na o<strong>br</strong>igação solidária ativa, qualquer um dos credores po<strong>de</strong> exigir a<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igação por inteiro. Na o<strong>br</strong>igação solidária passiva, a dívida po<strong>de</strong> ser paga por qualquer um dos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vedores.

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