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Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017 [materialcursoseconcursos.blogspot.com.br]

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her<strong>de</strong>iros respon<strong>de</strong>m pelas dívidas do <strong>de</strong> cujus somente até os limites da herança e proporcionalmente às suas<<strong>br</strong> />

Os<<strong>br</strong> />

Exemplo: o falecido <strong>de</strong>ixou dois her<strong>de</strong>iros e um patrimônio <strong>de</strong> R$ 500.000,00. Deixou, ainda, uma dívida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

quotas.<<strong>br</strong> />

dos cônjuges dos her<strong>de</strong>iros casados pela <strong>com</strong>unhão parcial <strong>de</strong> bens, eis que excluídos da <strong>com</strong>unhão os bens<<strong>br</strong> />

meação<<strong>br</strong> />

por herança (TJSP, Agravo <strong>de</strong> Instrumento 804.500.5/2, Acórdão 3.236.489, Itapeva, 8.ª Câmara <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

recebidos<<strong>br</strong> />

Público, Rel. Des. Carvalho Viana, j. 03.09.2008, DJESP 15.10.2008).<<strong>br</strong> />

<strong>Direito</strong><<strong>br</strong> />

contratos impessoais, a o<strong>br</strong>igação do falecido transmite-se aos her<strong>de</strong>iros. É o caso, por exemplo, da<<strong>br</strong> />

Nos<<strong>br</strong> />

em regra (art. 626 do CC). O ônus que é transmitido aos her<strong>de</strong>iros vai até os limites da herança (STJ,<<strong>br</strong> />

empreitada,<<strong>br</strong> />

703.244/SP, 3.ª Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 15.04.2008, DJe 29.04.2008).<<strong>br</strong> />

REsp<<strong>br</strong> />

contratos pessoais ou personalíssimos (intuitu personae), a o<strong>br</strong>igação do falecido não se transmite aos<<strong>br</strong> />

Nos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o ocorre na prestação <strong>de</strong> serviços (art. 607 do CC). O exemplo da fiança merece maiores digressões,<<strong>br</strong> />

her<strong>de</strong>iros,<<strong>br</strong> />

que a condição <strong>de</strong> fiador não se transmite aos seus her<strong>de</strong>iros. Porém, são transmitidas aos her<strong>de</strong>iros as<<strong>br</strong> />

eis<<strong>br</strong> />

vencidas enquanto era vivo o fiador, até os limites da herança (art. 836 do CC).<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igações<<strong>br</strong> />

um dos <strong>de</strong>vedores solidários falecer <strong>de</strong>ixando her<strong>de</strong>iros, cada um <strong>de</strong>stes será o<strong>br</strong>igado a pagar a quota que<<strong>br</strong> />

Se<<strong>br</strong> />

ao seu quinhão hereditário, nos limites da herança (correta interpretação do art. 276 do CC).<<strong>br</strong> />

correspon<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

espólio suce<strong>de</strong> o <strong>de</strong> cujus nas suas relações fiscais e nos processos que os contemplam <strong>com</strong>o objeto mediato do<<strong>br</strong> />

“O<<strong>br</strong> />

Consequentemente, o espólio respon<strong>de</strong> pelos débitos até a abertura da sucessão, segundo a regra intra<<strong>br</strong> />

pedido.<<strong>br</strong> />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

modo, da jurisprudência mineira:<<strong>br</strong> />

“<strong>Direito</strong> civil. Cessão <strong>de</strong> direitos hereditários. <strong>Direito</strong> <strong>de</strong> preferência. Inobservância. Demais<<strong>br</strong> />

her<strong>de</strong>iros. Prazo <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ncial para o exercício. A Cessão <strong>de</strong> direitos hereditários, sem a<<strong>br</strong> />

observância do direito <strong>de</strong> preferência dos <strong>de</strong>mais her<strong>de</strong>iros, encontra óbice no art. 1.795 do<<strong>br</strong> />

Código <strong>Civil</strong>/2002, que prescreve que ‘o coer<strong>de</strong>iro, a quem não se <strong>de</strong>r conhecimento da<<strong>br</strong> />

cessão, po<strong>de</strong>rá, <strong>de</strong>positado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até<<strong>br</strong> />

180 (cento e oitenta) dias após a transmissão’. O prazo <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ncial imposto ao coer<strong>de</strong>iro<<strong>br</strong> />

prejudicado conta­se a partir da transmissão, contudo, será contado apenas da sua ciência<<strong>br</strong> />

acerca do negócio jurídico quando não é seguida a formalida<strong>de</strong> legal imposta pelo art. 1.793 do<<strong>br</strong> />

CC e a transmissão não se dá por escritura pública” (TJMG, Apelação Cível<<strong>br</strong> />

1.0251.07.021397­9/0011, Extrema, 11.ª Câmara Cível, Rel. Des. Fernando Cal<strong>de</strong>ira Brant, j.<<strong>br</strong> />

08.07.2009, DJEMG 20.07.2009).<<strong>br</strong> />

Em <strong>com</strong>plemento, sendo vários os coer<strong>de</strong>iros a exercer a preferência legal, entre eles se distribuirá<<strong>br</strong> />

o quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas hereditárias (art. 1.795, parágrafo único, do CC).<<strong>br</strong> />

O art. 1.792 do CC consagra a máxima sucessória intra vires hereditatis, prevendo que o her<strong>de</strong>iro<<strong>br</strong> />

não respon<strong>de</strong> por encargos superiores às forças da herança. Ao her<strong>de</strong>iro cabe o ônus <strong>de</strong> provar o<<strong>br</strong> />

excesso, salvo se houver inventário que a escuse, <strong>de</strong>monstrando o valor dos bens herdados. Várias<<strong>br</strong> />

concreções práticas da regra po<strong>de</strong>m ser mencionadas, <strong>com</strong> <strong>de</strong>staque para as seguintes:<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

1.000.000,00. Cada her<strong>de</strong>iro somente respon<strong>de</strong> nos limites das suas quotas na herança (R$ 250.000,00).<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

os her<strong>de</strong>iros respon<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ntro das forças da herança, eventual penhora <strong>de</strong> bens não po<strong>de</strong> recair so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

Como<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

vires hereditatis” (STJ, REsp 499.147/PR, 1.ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, j. 20.11.2003, DJ 19.12.2003, p. 336).<<strong>br</strong> />

O Código <strong>Civil</strong> Brasileiro <strong>de</strong> 2002 consagra um prazo <strong>de</strong> 30 dias, a contar da abertura da sucessão<<strong>br</strong> />

(o que se dá pela morte), para a abertura do inventário do patrimônio hereditário (art. 1.796 do CC). O<<strong>br</strong> />

art. 983 do CPC/1973, conforme redação que foi dada pela Lei 11.441/2007, previa um prazo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

abertura do inventário <strong>de</strong> 60 dias, a contar do falecimento. Determinava, ainda, o Estatuto Processual<<strong>br</strong> />

que o inventário <strong>de</strong>veria ser encerrado nos 12 meses subsequentes à abertura, po<strong>de</strong>ndo o juiz prorrogar<<strong>br</strong> />

tais prazos, <strong>de</strong> ofício ou a requerimento <strong>de</strong> parte. A correta interpretação que se fazia, no sistema<<strong>br</strong> />

anterior, era no sentido <strong>de</strong> que o dispositivo processual revogou o preceito material, por ser norma

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