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Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017 [materialcursoseconcursos.blogspot.com.br]

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<strong>de</strong> . Enuncia o parágrafo único do dispositivo que “Se o credor exonerar da<<strong>br</strong> />

sinônima<<strong>br</strong> />

um ou mais <strong>de</strong>vedores, subsistirá a dos <strong>de</strong>mais”.<<strong>br</strong> />

solidarieda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><<strong>br</strong> />

Aprofundando o tema da renúncia à solidarieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> início, a categoria se diferencia da remissão<<strong>br</strong> />

quanto aos efeitos, conforme reconhece o Enunciado n. 350 do CJF/STJ, aprovado na IV Jornada <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong>, cuja redação é a seguinte: “A renúncia à solidarieda<strong>de</strong> diferencia­se da remissão, em que o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vedor fica inteiramente liberado do vínculo o<strong>br</strong>igacional, inclusive no que tange ao rateio da quota do<<strong>br</strong> />

eventual co<strong>de</strong>vedor insolvente, nos termos do art. 284”. Lem<strong>br</strong>e­se <strong>de</strong> que pelo último dispositivo, no<<strong>br</strong> />

caso <strong>de</strong> rateio entre os co<strong>de</strong>vedores, contribuirão também os exonerados da solidarieda<strong>de</strong> pelo credor,<<strong>br</strong> />

pela parte que na o<strong>br</strong>igação incumbia ao insolvente. Pois bem, vejamos o esquema relativo à renúncia à<<strong>br</strong> />

solidarieda<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

A elucidar o teor do enunciado doutrinário por último transcrito, se A é o credor <strong>de</strong> uma dívida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

R$ 30.000,00, havendo três <strong>de</strong>vedores solidários B, C e D, e renuncia à solidarieda<strong>de</strong> em relação a B,<<strong>br</strong> />

este estará exonerado da solidarieda<strong>de</strong>, mas continua sendo responsável por R$ 10.000,00. Quanto aos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mais <strong>de</strong>vedores, por óbvio, continuam respon<strong>de</strong>ndo solidariamente pela dívida.<<strong>br</strong> />

Completando o enunciado anteriormente citado, na IV Jornada <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong>, aprovou­se o<<strong>br</strong> />

Enunciado n. 349 do CJF/STJ: “Com a renúncia da solidarieda<strong>de</strong> quanto a apenas um dos <strong>de</strong>vedores<<strong>br</strong> />

solidários, o credor só po<strong>de</strong>rá co<strong>br</strong>ar do beneficiado a sua quota na dívida; permanecendo a<<strong>br</strong> />

solidarieda<strong>de</strong> quanto aos <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>vedores, abatida do débito a parte correspon<strong>de</strong>nte aos beneficiados<<strong>br</strong> />

pela renúncia”. O proponente do enunciado doutrinário foi José Fernando Simão, professor da USP.<<strong>br</strong> />

Ilustrando <strong>com</strong> a conclusão pelo abatimento, no exemplo por último apontado, em que a dívida era <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

R$ 30.000,00, havendo três <strong>de</strong>vedores (B, C e D), ocorrendo a renúncia parcial da solidarieda<strong>de</strong>, por<<strong>br</strong> />

parte do credor (A), em relação a um dos <strong>de</strong>vedores (B), os <strong>de</strong>mais somente, C e D, serão co<strong>br</strong>ados em<<strong>br</strong> />

R$ 20.000,00, permanecendo em relação a eles a solidarieda<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Destaque­se que tal forma <strong>de</strong> pensar tem aplicação reiterada em nossa jurisprudência, po<strong>de</strong>ndo­se<<strong>br</strong> />

colacionar: “Exoneração da co<strong>br</strong>ança <strong>de</strong> um ou mais <strong>de</strong>vedores. Hipótese em que subsiste<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>vedor remanescente. Artigo 282, parágrafo único, do Código <strong>Civil</strong>. Escritura <strong>de</strong>

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