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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 3 • 141<br />

somos igualmente lembrados que o único objetivo que devemos ter<br />

em vista, e por todos os meios promover, é que tão somente Cristo<br />

deve ter a preeminência.<br />

Acerca da purificação. A dúvida foi proveniente da purificação,<br />

pois os judeus tinham vários batismos e lavagens 13 ordenados pela Lei,<br />

e, não satisfeitos com aqueles que Deus designara, 14 cuidadosamente<br />

observavam muitos outros que tinham sido introduzidos por seus ancestrais.<br />

Quando acham que, além de tão grande número e variedade<br />

de purificações, um novo método de purificação é introduzido por Cristo<br />

e por <strong>João</strong>, veem-no como um absurdo.<br />

26. De quem deste testemunho. Com tal argumento empreendem<br />

ou fazer Cristo inferior a <strong>João</strong> ou mostrar que <strong>João</strong>, honrando-o, o pusera<br />

sob obrigações, pois reconheciam que <strong>João</strong> conferira um favor a<br />

Cristo, adornando-o com títulos tão proeminentes, como se fora o dever<br />

de <strong>João</strong> fazer tal proclamação, ou melhor, como se não fora a mais<br />

elevada dignidade de <strong>João</strong> ser o arauto do Filho de Deus. Nada poderia<br />

ter sido mais irracional do que fazer Cristo inferior a <strong>João</strong>, visto que<br />

seu testemunho era sublimemente favorável, pois sabemos qual foi o<br />

testemunho de <strong>João</strong>. A expressão que usaram – todos os homens vêm<br />

a Cristo – é a linguagem de pessoas invejosas, 15 e procede da ambição<br />

pecaminosa, pois temiam que a multidão imediatamente se esquecesse<br />

de seu mestre.<br />

27. Um homem não pode receber coisa alguma. Alguns atribuem<br />

essas palavras a Cristo, como se <strong>João</strong> acusasse os discípulos<br />

de perversa presunção em oposição a Deus, por tudo fazerem com<br />

o fim de privar a Cristo do que o Pai lhe dera. Supunham que o significado<br />

era este: “Que era obra de Deus o fato de que dentro de<br />

tão pouco tempo ele havia granjeado tão grande honra; e, por isso,<br />

era em vão que tentassem denegrir aquele a quem Deus com sua<br />

própria mão dera tão elevada posição.” Outros pensam que é uma<br />

13 “De baptesmes et lavemens.”<br />

14 “Que Dieu avoit instituez.”<br />

15 “C’est une parole de gens envieux.”

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