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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 6 • 269<br />

[6.34-40]<br />

Por isso, eles lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão.<br />

Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim<br />

jamais terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Eu,<br />

porém, já vos disse que também vós me vistes, e não me credes.<br />

Todos quantos o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a<br />

mim não o lançarei fora, porque eu desci do céu, não para fazer<br />

minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou.<br />

E esta é a vontade do Pai que me enviou, que de todos que me<br />

deu a nenhum eu perca, mas o ressuscite no último dia. E esta é<br />

a vontade de quem me enviou, que todo aquele que vê o Filho,<br />

e nele crê, tenha a vida eterna, e eu o ressuscite no último dia.<br />

34. Dá-nos sempre desse pão. Não há dúvida de que eles falam<br />

ironicamente, para acusarem a Cristo de fútil vanglória, quando ele<br />

afirma ser capaz de dar a vida eterna. Assim os homens desditosos, enquanto<br />

rejeitam as promessas de Deus, não se satisfazem com apenas<br />

este mal, mas põem a Cristo no lugar deles, como se ele fosse responsável<br />

por sua incredulidade.<br />

35. Eu sou o pão da vida. Primeiro, ele mostra que o pão que eles<br />

pediram com escárnio se acha diante de seus olhos, e, segundo, ele os<br />

reprova. Ele parte da doutrina para fazer mais evidente que eles eram<br />

culpados de ingratidão. Há duas partes da doutrina, pois ele mostra<br />

onde devemos buscar a vida e como podemos obtê-la. Sabemos o que<br />

propiciou ocasião para Cristo usar essas metáforas, foi porque o maná<br />

e o alimento diário tinham sido mencionados. Mas ainda esta figura é<br />

mais bem adaptada para ensinar pessoas ignorantes do que o estilo<br />

simples. Quando comemos pão para a nutrição do corpo, vemos mais<br />

claramente não só nossa própria debilidade, mas também o poder<br />

da graça divina, do que se, sem pão, Deus fosse comunicar um poder<br />

secreto para nutrir o próprio corpo. Assim, a analogia que é traçada<br />

entre o corpo e a alma nos capacita a perceber mais claramente a graça<br />

de Cristo. Pois quando aprendemos que Cristo é o pão por meio do

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