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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 6 • 277<br />

ambos algum proveito ou de ver ambos por um prisma correto. 35 <strong>Segundo</strong>,<br />

não satisfeitos com isso, adotamos muitas falsas imaginações,<br />

as quais produzem menosprezo pelo evangelho. Sim, há inclusive muitos<br />

que engendram para si monstros, para os transformar em pretexto<br />

para odiarem o evangelho. E assim, o mundo deliberadamente descarta<br />

a graça de Deus. Ora, o evangelista expressamente aponta para os<br />

judeus a fim de nos informar que a murmuração procedia dos que se<br />

gloriam no rótulo da fé e da Igreja, para que todos nós aprendamos a<br />

receber Cristo com reverência, quando ele descer a nós, e para o que,<br />

na proporção que ele se chegar a nós, mais alegremente nos cheguemos<br />

a ele, para que nos eleve a sua glória celestial.<br />

43. Não murmureis entre vós. Ele lhes devolve a causa da murmuração,<br />

como se quisesse dizer: “Minha doutrina não contém base<br />

para escândalo, visto, porém, serdes réprobos, vos irritais vomitando<br />

vosso veneno, e a razão de não gostardes dela é porque vosso paladar<br />

está viciado.<br />

44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o<br />

trouxer. Ele não os acusa meramente de perversidade, mas também<br />

os lembra de ser um dom peculiar de Deus a graça de abraçar a doutrina<br />

que é exibida por ele. Isso ele faz para que a incredulidade deles<br />

não viesse a perturbar as mentes frágeis. Pois muitos são tão néscios<br />

que, nas coisas de Deus, dependem das opiniões dos homens. Em<br />

consequência do que, nutrem suspeitas contra o evangelho, tão logo<br />

veem que ele não está sendo recebido pelo mundo. Os incrédulos,<br />

em contrapartida, gabando-se de sua obstinação, têm a audácia de<br />

condenar o evangelho só porque ele não os agrada. Ao contrário,<br />

pois, Cristo declara que a doutrina do evangelho, ainda que seja<br />

proclamada a todos sem exceção, não pode ser abraçada por todos,<br />

mas que se requer uma nova compreensão e uma nova percepção, e,<br />

portanto, que a fé não depende da vontade humana, mas que é Deus<br />

quem a dá.<br />

35 “Tant nous sommes mal adroits à faire nostre profit des choses, et les prendrre de la<br />

soete qu’il faut”.

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