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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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152 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

dizendo ser injusto que aqueles que são igualmente devotos e santos<br />

pereçam só porque não creem, porquanto é estulto imaginar que haja<br />

nos homens alguma sombra de santidade, a menos que a mesma lhes<br />

seja dada por Cristo.<br />

Ver a vida, aqui, é posto em lugar de “desfrutar a vida”. Mas, para<br />

expressar mais claramente que não nos resta qualquer esperança, a<br />

menos que sejamos libertos por Cristo, ele diz que a ira de Deus permanece<br />

sobre os incrédulos.<br />

Ainda que o ponto de vista apresentado por Agostinho não me<br />

satisfaça, ou seja, que <strong>João</strong> Batista usou a palavra permanecer a fim de<br />

informar-nos que desde o ventre estávamos destinados à morte, uma<br />

vez que somos todos filhos da ira [Ef 2.3], pelo menos de bom grado<br />

admito uma alusão desse gênero, contanto que mantenhamos o significado<br />

verdadeiro e simples como sendo aquele que já afirmei, a saber:<br />

que a morte pende sobre todos os incrédulos, e os conserva opressos<br />

e esmagados de tal sorte que não têm como escapar. E, de fato, ainda<br />

que os réprobos já estejam naturalmente condenados, todavia, por<br />

sua descrença, atraem sobre si uma nova morte. E é com esse propósito<br />

que o poder de atar foi dado aos ministros do evangelho; pois é uma<br />

justa vingança contra a obstinação dos homens que aqueles que sacodem<br />

de si o salutar jugo de Deus se prendam com as cadeias da morte.

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