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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 5 • 237<br />

[5.41-47]<br />

Não recebo glória de homens. Eu, porém, vos conheço, que não<br />

tendes em vós o amor de Deus. Eu vim no nome de meu Pai, e<br />

vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse<br />

recebereis. Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos<br />

outros e não buscais a glória que procede exclusivamente de<br />

Deus? Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai; é Moisés,<br />

em quem confiais, que vos acusa. Porque, se crêsseis em Moisés,<br />

também creríeis em mim; pois ele escreveu a meu respeito.<br />

Mas se não credes em seus escritos, como crereis em minhas<br />

palavras?<br />

41. Não recebo glória de homens. Ele prossegue em sua reprovação.<br />

Mas para que não seja suspeito de pleitear sua própria causa,<br />

ele começa dizendo que não estava interessado na glória dos homens,<br />

e que não se preocupava, nem se inquietava por ver-se desprezado. E,<br />

de fato, ele é grande demais para depender da opinião dos homens,<br />

porque a malignidade do mundo inteiro nada pode tirar dele nem fazer<br />

a mais leve violação a sua elevada posição. Ele está tão ansioso em<br />

refutar a calúnia deles que se exalta acima dos homens. Em seguida,<br />

ele passa a atacá-los livremente, e os acusa de desprezarem e odiarem<br />

a Deus. E ainda que, com respeito à honrosa posição, haja uma imensa<br />

distância entre Cristo e nós, todavia devemos ousadamente desprezar<br />

as opiniões dos homens. Pelo menos devemos cultivar mais zelo em<br />

não permitir que sejamos incitados à ira quando somos desprezados,<br />

mas, ao contrário, aprendamos a jamais queimar-nos em indignação,<br />

exceto quando os homens deixarem de render a Deus a honra que lhe<br />

devem. Que nossas almas ardam e se torturem por esse santo zelo,<br />

sempre que virmos o mundo tão ingratamente rejeitar a Deus.<br />

42. Que não tendes em vós o amor de Deus. O amor de Deus é aqui<br />

expresso em lugar de todos os sentimentos religiosos, pois ninguém<br />

pode amar a Deus sem contemplá-lo com admiração e submeter-se<br />

inteiramente a sua autoridade. Porquanto, em contrapartida, o amor

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