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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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460 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

Deus e de sua secreta sabedoria vem depois da fé, porque a obediência<br />

da fé nos abre a porta do reino do céu.<br />

Que o Pai está em mim, e eu nele. Ele reitera a mesma coisa que<br />

dissera previamente em outros termos: Eu e meu Pai somos um. Tudo<br />

tende para este ponto: que em seu ministério nada contraria seu Pai. “O<br />

Pai, diz ele, está em mim, isto é, o poder divino se manifesta em mim”.<br />

E eu estou em meu Pai. Isto é, “Nada faço senão pela ordem de<br />

Deus, de modo que há mútua conexão entre mim e meu Pai”. Pois este<br />

discurso não se relaciona com a unidade de essência, mas com a manifestação<br />

do poder divino na pessoa de Cristo, à luz do quê se fazia<br />

evidente que ele fora enviado por Deus.<br />

39. Por isso buscavam outra vez prendê-lo. Sem dúvida isso se<br />

deu para que o pudessem expulsar do templo e imediatamente apedrejá-lo.<br />

Pois sua fúria de forma alguma foi aplacada pelas palavras<br />

de Cristo. Quanto ao que o evangelista diz, que ele escapou de suas<br />

mãos, isso de forma alguma se poderia realizar senão pelo poderoso<br />

exercício do poder divino. Isso nos lembra que não estamos expostos<br />

às paixões ilícitas dos ímpios, os quais Deus restringe com seu freio,<br />

sempre que acha conveniente.<br />

40. Ele foi para as bandas do Jordão. Cristo passou para além do<br />

Jordão para que não precisasse fugir sem nenhuma vantagem. Portanto,<br />

ele nos ensina com exemplo que devemos aproveitar as oportunidades<br />

quando elas surgem. Quanto ao lugar de seu retiro, o leitor pode consultar<br />

as observações que fiz no capítulo 1, versículo 28. 23<br />

41. E muitos vinham a ele. Essa grande assembleia mostra que<br />

Cristo não buscava a solidão com o fim de desobrigar-se de seus deveres,<br />

mas para erigir um santuário para Deus no deserto, quando<br />

Jerusalém, que era sua morada e domicílio, 24 obstinadamente o expulsara.<br />

E de fato essa foi a terrível vingança de Deus, a saber, enquanto o<br />

templo escolhido por Deus não passava de um covil de ladrões [Jr 7.11,<br />

Mt 21.13], a Igreja de Deus era congregada em lugares desprezíveis.<br />

23 Veja-se p. ...... deste volume.<br />

24 “Qui estoit le propre siege et habitation de celuy”.

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