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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 11 • 465<br />

que nosso principal objetivo deve ser derramar no seio de Deus todas<br />

nossas preocupações e tudo aquilo que nos aflige, para que ele nos<br />

atenda e nos livre. Esta é a forma em que as mulheres agem em relação<br />

a Cristo: apresentam-lhe claramente sua angústia, em cuja resposta<br />

esperam algum alívio. Devemos também observar que, à luz do amor<br />

de Cristo, são levadas a nutrir confiança esperança de obter assistência:<br />

a quem tu amas. E esta é a regra invariável da oração correta, pois<br />

onde o amor de Deus está ali também está o livramento infalível, porque<br />

Deus não pode abandonar aquele a quem ama.<br />

4. Ora, tendo Jesus ouvido isso, disse: Essa enfermidade não é<br />

para morte. Sua intenção com esta resposta era isentar os discípulos<br />

de ansiedade, para que não o tomassem em sentido errôneo quando o<br />

vissem preocupar-se tão pouco com o perigo que rondava seu amigo.<br />

Portanto, para que não se alarmassem acerca de seu amigo Lázaro, ele<br />

declara que a enfermidade não era mortal, e ainda promete que ela<br />

será uma ocasião adicional de promover sua própria glória. Embora<br />

Lázaro morresse, ele então declara, olhando para o resultado, que a<br />

enfermidade não é para morte.<br />

Mas para a glória de Deus. Esta sentença não é contrastada com<br />

morte, como se fosse um argumento que deve ser sempre mantido,<br />

pois sabemos que, ainda quando os réprobos morram, a glória de<br />

Deus não é menos gloriosamente exibida em sua destruição do que<br />

na salvação dos crentes. Cristo, porém, estritamente tenciona dizer,<br />

nesta passagem, que a glória de Deus estava conectada com seu ofício.<br />

O poder de Deus, que era exibido nos milagres de Cristo, não se adequavam<br />

a infundir terror, mas eram bondosos e suaves. Ao dizer que<br />

não havia nenhum perigo de morte, porquanto tenciona exibir nele sua<br />

própria glória e a glória de seu Pai, devemos inquirir com que propósito<br />

e com que intenção ele fora enviado pelo Pai, que foi para salvar,<br />

e não para destruir.<br />

Para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado.<br />

Esta expressão é sumamente enfática, pois dela aprendemos que Deus<br />

deseja ser reconhecido na pessoa de seu Filho, de tal maneira, que

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