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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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248 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

propósito de Deus era diferente, ao qual ele voluntariamente obedeceu.<br />

Portanto, embora evitasse a vista dos homens, contudo permite<br />

ser guiado pela mão divina como em um teatro abarrotado, pois havia<br />

uma assembleia mais numerosa em uma montanha desértica do que<br />

em qualquer cidade populosa, e maior celebridade emana do milagre<br />

do que se o mesmo tivesse ocorrido na praça pública de Tiberíades.<br />

Portanto, por meio desse exemplo, somos instruídos a formular nossos<br />

planos de conformidade com o curso dos acontecimentos, mas de<br />

tal maneira que, se o resultado for diferente do esperado, não fiquemos<br />

descontentes por Deus estar acima de nós e regular cada coisa de<br />

conformidade com seu beneplácito.<br />

5. Ele disse a Filipe. O que lemos aqui como tendo sido dito somente<br />

a Filipe, os outros evangelistas nos contam que foi dito a todos.<br />

Contudo, não existe inconsistência nos relatos, pois é provável que Filipe<br />

falou de acordo com a opinião nutrida por todos, e por isso Cristo<br />

fala a ele em particular, justamente como <strong>João</strong>, imediatamente depois,<br />

introduz André falando, onde os demais evangelistas atribuem o discurso<br />

igualmente a todos. Percebendo que eles têm qualquer noção<br />

sobre que remédio extraordinário usar, ele então desperta suas mentes,<br />

que se poderia dizer, dormentes, para que pelo menos tivessem<br />

seus olhos abertos para contemplar o que lhes será imediatamente<br />

exibido. O objetivo de tudo o que é alegado pelos discípulos é para<br />

persuadir a Cristo a não deter o povo, e, talvez, neste aspecto, analisassem<br />

suas vantagens particulares de que uma parte da inconveniência<br />

não viesse a recair sobre eles. Consequentemente, Cristo desrespeita<br />

suas objeções e segue em frente com seu propósito.<br />

7. Duzentos denários. Visto que o denário, segundo a computação<br />

de Budæus, é igual a quatro vezes o valor de um carolus e dois deniers<br />

de Tours, a soma equivale a trinta e cinco francos, ou em torno disso. 2<br />

Se essa soma for dividida entre cinco mil homens, cada centena deles<br />

2 O valor das antigas moedas francesas passou por tantas mudanças que todo arrazoado<br />

sobre elas permanece na incerteza, mas, até onde nos é possível averiguar, o valor de um<br />

carolus de Tours, nos dias de Calvino, era quase o de um centavo da moeda inglesa, e o<br />

denier era a décima parte de um centavo, ou quase um centime moderno de Paris.

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