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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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60 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

Quem és tu? E ele confessou, e não negou; confessou: Eu não<br />

sou o Cristo. E perguntaram-lhe: E então? És tu Elias? E ele disse:<br />

Não sou. És tu profeta? 23 E ele respondeu: Não. Então lhe<br />

disseram: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos<br />

enviaram? Que dizes de ti mesmo? Ele disse: Eu sou a voz daquele<br />

que clama no deserto: 24 Endireitai o caminho do Senhor,<br />

como disse o profeta Isaías.<br />

19. E este é o testemunho de <strong>João</strong>. Até aqui, o Evangelista relatou<br />

a costumeira pregação de <strong>João</strong> acerca de Cristo. Ele agora descreve<br />

um exemplo ainda mais extraordinário disso, o qual foi dado aos embaixadores<br />

dos sacerdotes para que levassem de volta a Jerusalém. E<br />

assim ele diz que <strong>João</strong> francamente confessou por que fora enviado<br />

por Deus. Mas podemos, antes, perguntar qual fora o propósito dos<br />

sacerdotes em abordá-lo. A suposição comum é que trouxeram a <strong>João</strong><br />

uma velada manifestação de aversão por Cristo em forma de honra.<br />

Naquele tempo, porém, Cristo ainda não era conhecido deles. Outros<br />

supõem que <strong>João</strong> lhes era persona grata, visto que o mesmo procedia<br />

da linhagem e ordem sacerdotal. Mas isso é também improvável; pois,<br />

por que voluntariamente inventariam um falso Cristo para si quando<br />

buscavam de Cristo toda prosperidade? Creio que foram movidos por<br />

outra causa. Pois desde muito tempo viviam sem profetas. <strong>João</strong> apareceu<br />

súbita e inesperadamente, e a mente de todos ficou excitada<br />

e esperançosa. Além disso, todos eles criam que a vinda do Messias<br />

estava próxima.<br />

Para que não parecessem descuidosos de seus deveres, negligenciando<br />

ou ocultando um assunto de tal envergadura, os sacerdotes<br />

perguntam se porventura <strong>João</strong> era o Messias. À primeira vista, pois,<br />

eles não agiam com malícia; mas, ao contrário, movidos de anseio pela<br />

redenção, queriam saber se <strong>João</strong> seria o Cristo, porque ele está começando<br />

a mudar a ordem costumeira da Igreja. E, no entanto, não<br />

23 “Es-tu Prophete, ou, le Prophete?” – “És tu um Profeta, ou, o Profeta?”<br />

24 “De celuy qui crie au desert.”

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