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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 9 • 421<br />

E o expulsaram. Embora seja possível que aqueles rabinos 21 arrogantes<br />

o tenham expulsado violentamente do templo, contudo creio<br />

que o evangelista tem uma intenção diferente, a saber, que o excomungaram.<br />

E assim sua expulsão dele teria a aparência de lei. Isso também<br />

se harmoniza melhor com o que se segue, pois se o tivessem expulsado<br />

de uma maneira desdenhosa e furiosa, não teria sido de tão grande<br />

importância como tornar provável que a notícia dela [a expulsão] chegasse<br />

a Cristo.<br />

35. Jesus ouviu que o expulsaram. À luz dessa circunstância conjeturo<br />

que todo o procedimento dela teve um toque de solenidade,<br />

como uma atividade de grande importância. Com este exemplo somos<br />

instruídos quão triviais e quão pouco devem ser temidas as excomunhões<br />

dos inimigos de Cristo. Se formos expulsos daquela assembleia<br />

que Cristo preside, é um terrível julgamento que se executa contra<br />

nós, para que sejamos entregues a Satanás [1Co 5.5], porque somos<br />

banidos do reino do Filho de Deus. Mas quanto a ter algum motivo<br />

de temer o julgamento tirânico por meio do qual os ímpios insultam<br />

os servos de Cristo, ainda quando ninguém nos expulse, devemos<br />

deliberadamente fugir daquele lugar onde Cristo não preside pela instrumentalidade<br />

de sua Palavra e seu Espírito.<br />

E o tendo encontrado. Se lhe fora permitido permanecer na sinagoga,<br />

teria corrido o risco de tornar-se paulatinamente alienado de<br />

Cristo e mergulhado na mesma destruição com os perversos. Então<br />

Cristo o encontra, quando não mais se acha no templo, mas vagava<br />

de um lado para outro. Ele o recebe e o abraça, quando é expulso<br />

pelos sacerdotes. Ele o soergue do pó e lhe oferece a vida depois de<br />

haver recebido a sentença de morte. Temos conhecimento de pessoas<br />

que têm tido a mesma experiência em nosso tempo. Pois quando o Dr.<br />

Martinho Lutero 22 e outras pessoas da mesma estirpe inicialmente reprovaram<br />

os mais grosseiros abusos do papa, quase ainda não tinham<br />

o mais leve sabor do cristianismo puro, porém depois que o papa vo-<br />

21 “Ces Rabbins orgueilleux”.<br />

22 “Le Docteur Martin Luther”.

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