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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 1 • 75<br />

Esse cativante e amoroso convite, uma vez feito a dois homens, agora<br />

pertence a todos. Portanto, não devemos temer que Cristo se afaste<br />

de nós ou que nos recuse fácil acesso, contanto que nos veja empenhados<br />

por ele. Ao contrário disso, ele nos estenderá sua mão e nos<br />

sustentará em nossos esforços. E, porventura, não apressará aqueles<br />

que o buscam, ele que sai em busca dos que andam errantes e transviados,<br />

querendo trazê-los de volta à vereda certa?<br />

38. Rabi. Este título era comumente atribuído aos homens da elite<br />

ou detentores de alguma honra especial. Aqui, porém, o Evangelista registra<br />

outro uso contemporâneo dele: com este título eles se dirigiam<br />

aos mestres e expositores da Palavra de Deus. Portanto, embora não<br />

soubessem que Cristo é o único mestre da Igreja, não obstante, movidos<br />

pelo relato que <strong>João</strong> faz acerca dele, o respeitam como um profeta<br />

e mestre, que é o primeiro passo para se receber instrução.<br />

Onde moras? À luz deste exemplo aprendemos dos próprios primórdios<br />

da Igreja a cultivar um prazer tal por Cristo, que se aguça<br />

nosso anseio por progresso. Nem devemos ficar satisfeitos com uma<br />

mera busca passageira, mas devemos buscar seu espaço permanente<br />

para que nos receba como seus hóspedes. Porque muitos simplesmente<br />

sentem o cheiro do evangelho à distância, e então deixam Cristo<br />

desaparecer como névoa, e tudo quanto aprenderam sobre ele vira fumaça.<br />

Ainda que não se tornassem seus discípulos de tempo integral,<br />

não há dúvida de que ele os instruiu mais plenamente aquela noite,<br />

para que pudesse tê-los inteiramente devotados a si logo depois.<br />

39. Era quase a hora décima. Ou, seja, a noite se aproximava,<br />

pois só faltavam umas duas horas para o pôr-do-sol. Naquela época,<br />

o dia era dividido em doze horas, o qual era mais longo no verão e<br />

mais curto no inverno. E à luz da questão de horário, deduzimos que<br />

aqueles dois discípulos se sentiam tão ansiosos por ouvir a Cristo,<br />

e conhecê-lo mais pessoalmente, que não se preocuparam com seu<br />

pernoite. Nós, porém, na maioria das vezes, somos muito diferentes<br />

deles, porque prorrogamos indefinidamente, uma vez que seguir a<br />

Cristo nunca nos é conveniente.

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