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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 6 • 293<br />

ais, os papistas não só rejeitam o evangelho de uma forma ousada,<br />

mas também se prorrompem em assustadoras blasfêmias, para que<br />

não se conclua que não têm boas razões para resistir a Deus. E de<br />

fato, visto que preferem as trevas, não nos admiremos de Satanás<br />

os enganar com monstros estranhos, onde nada há senão uma rodovia<br />

pública. 53 Mas aquilo que eles, através de sua raiva e fúria,<br />

não podem suportar, não só será tolerável às pessoas modestas e<br />

passíveis de instrução, mas os suportarão e os confortarão. Todavia<br />

os réprobos, com suas calejadas calúnias, nada mais farão além<br />

de submeter-se à mais terrível condenação.<br />

61. Jesus, porém, sabia. Cristo deveras sabia que o escândalo<br />

que os réprobos sentiram não podia ser removida, pois, para dizer a<br />

verdade, 54 a doutrina não só os feriu, mas sobretudo expôs a úlcera pútrida<br />

que intimamente cultivaram em seus corações. Mas ele queria de<br />

todas as formas testar se não havia um entre os que se escandalizaram<br />

que porventura não estivesse ainda longe do alcance da cura, e fechar<br />

as bocas dos demais. Ao formular a pergunta, ele queria dizer que não<br />

tinham razão para escandalizar-se, 55 ou pelo menos, que o motivo para<br />

escândalo não está na doutrina propriamente dita. Assim, devemos<br />

reprimir a perversidade daqueles que, impelidos por nada mais além<br />

da raiva de cães cruéis, difamam da Palavra de Deus. Assim, também<br />

devemos refrear a insensatez daqueles que inconsideradamente atacam<br />

a verdade.<br />

Sabendo em seu íntimo. Ele diz que Jesus sabia em seu íntimo,<br />

porque não tinham ainda declarado publicamente o que lhes causava<br />

o constrangimento, senão que secretamente murmuravam e rosnavam<br />

dentre de si, e por isso ele antecipa suas queixas públicas. Se alguém<br />

objetar, dizendo que a natureza daquelas queixas não era difícil de<br />

se entender, visto que em termos expressos rejeitavam a doutrina de<br />

Cristo, reconheço que as palavras que <strong>João</strong> registrou previamente<br />

53 “Là ou il n’y a que le beau plein chemin”.”.<br />

54 “Pou dire à la verité.”.<br />

55 “De se scandalizer.”.

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