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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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64 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

pondeu, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está<br />

um a quem não conheceis; ele é quem, vindo depois de mim,<br />

está acima de mim, cujas correias da sandália não sou digno de<br />

desatar. Essas coisas se deram em Betânia, do outro lado do<br />

Jordão, onde <strong>João</strong> estava batizando.<br />

24. Eram da parte dos fariseus. O Evangelista diz que eram fariseus,<br />

que então conservavam um lugar de muita eminência na Igreja,<br />

com o intuito de ensinar-nos que os mesmos representavam não figuras<br />

irrelevantes da ordem levítica, mas que eram homens dotados<br />

de autoridade. Essa é a razão por que perguntam sobre o batismo.<br />

Ministros ordinários teriam ficado satisfeitos com qualquer tipo de<br />

resposta; mas esses homens, já que não obtiveram a resposta que esperavam,<br />

acusam <strong>João</strong> de temeridade em ousar introduzir uma nova<br />

cerimônia religiosa.<br />

25. Por que então batizas? Seu argumento parece assumir uma<br />

forma decisiva, quando estabelecem estes três graus: “Se não és o<br />

Cristo, nem Elias, nem um profeta”. Visto que instituir a prática do batismo<br />

não é prerrogativa de qualquer um. Toda a autoridade tinha de<br />

ser deixada nas mãos do Messias. De Elias que estava para vir, formaram<br />

a opinião de que ele começaria a restauração do Reino e da Igreja.<br />

Também estabeleceram que os profetas de Deus deviam desempenhar<br />

o ofício a eles confiado. Concluem, pois, que para <strong>João</strong> batizar permitia-se<br />

a entrada de uma inovação ilícita, já que ele não havia recebido<br />

de Deus nenhum ofício público. Mas ainda que <strong>João</strong> negue ser o Elias<br />

da imaginação deles, falharam em não reconhecê-lo como o Elias mencionado<br />

em Malaquias 4.5.<br />

26. Eu batizo com água. Isso deveria ter sido suficiente para corrigir<br />

seu equívoco; mas ainda que o ensino seja suficientemente claro,<br />

ele não se destina aos surdos. Ao enviá-los a Cristo e declarar que ele<br />

já se encontra presente, é evidente que ele não só se declara divinamente<br />

designado para ser ministro de Cristo, mas também que é o<br />

genuíno Elias enviado para testificar a restauração da Igreja. A antítese

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