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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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316 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

são temas de controvérsia, exibem um manifesto pouco caso de Deus<br />

sobre temas que não são absolutamente obscuros.<br />

Portanto, não cabe nos maravilharmos se a doutrina do evangelho<br />

for recebida por tão poucas pessoas em nossos dias, visto<br />

restar tão pouco temor de Deus no mundo. Além disso, essas palavras<br />

de Cristo contêm uma definição da verdadeira religião, isto é,<br />

prepararmo-nos sinceramente para seguir a vontade de Deus, o que<br />

ninguém pode fazer, a menos que o mesmo renuncie seus conceitos<br />

pessoais.<br />

Ou se eu falo de mim mesmo. Devemos observar de que maneira<br />

Cristo quer que se forme um juízo sobre toda e qualquer doutrina. Ele<br />

quer que o que provém de Deus seja recebido sem controvérsia, porém<br />

francamente nos permite rejeitar tudo quanto provém do homem,<br />

pois esta é a única distinção que ele estabelece, por meio da qual devemos<br />

distinguir entre doutrinas.<br />

18. Aquele que fala de si mesmo. Até aqui, ele demonstrou que<br />

não há outra razão por que os homens são cegos, senão porque não se<br />

deixam governar pelo temor de Deus. Ele agora estabelece outra marca<br />

para a própria doutrina, por meio da qual possamos saber se ela<br />

provém de Deus ou do homem. Porque tudo quanto exibe a glória de<br />

Deus é santo e divino, mas tudo quanto contribui para dolorosaa ambição<br />

humana e, ao exaltar os homens, obscurece a glória de Deus, não<br />

só perde o direito de ser crido, mas deve ser veementemente rejeitado.<br />

Aquele que faz da glória de Deus o objeto de sua aspiração jamais se<br />

envolverá em erro. Aquele que tentar e provar, por meio desta pedra<br />

de toque, o que é transmitido no nome de Deus, jamais será enganado<br />

pela aparência de certo. Com isso, somos também lembrados que ninguém<br />

pode cumprir fielmente o ofício de mestre na Igreja, a menos que<br />

descarte toda ambição e resolva fazer dela seu único objetivo, ou seja,<br />

promover ao máximo de sua potencialidade, a glória de Deus. Ao dizer<br />

que não há injustiça nele, sua intenção é dizer que não há nele nada de<br />

perverso ou hipócrita, senão que faz aquilo que torna um ministro de<br />

Deus íntegro e sincero.

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