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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 4 • 163<br />

denotam um fluir contínuo de água, o qual mantém neles uma eternidade<br />

celestial durante esta vida mortal e perecível. A graça de Cristo,<br />

pois, não flui para nós por um breve tempo, mas transborda para uma<br />

bendita imortalidade, pois ela não cessa de fluir até que a vida incorruptível,<br />

que tem início aqui e agora, chegue à perfeição.<br />

15. Dá-me desta água. Esta mulher indubitavelmente está suficientemente<br />

cônscia de que Cristo está falando de água espiritual.<br />

Visto, porém, que ela o despreza, está reputando todas suas promessas<br />

como mera nulidade, pois, enquanto a autoridade daquele que fala<br />

não for por nós reconhecida, não teremos permissão de participar de<br />

sua doutrina. Indiretamente, pois, a mulher escarnece de Cristo, dizendo:<br />

“Tu te vanglorias demais, porém não vejo nada; mostra-me a<br />

realidade, se és capaz”.<br />

[4.16-21]<br />

Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e volta aqui. A mulher<br />

respondeu, e lhe disse: Eu não tenho marido. Jesus lhe disse:<br />

Tu disseste bem: Não tenho marido; pois já tiveste cinco maridos,<br />

e aquele que agora tens não é teu marido; nisto disseste a<br />

verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos<br />

pais adoraram neste monte; e tu dizes que Jerusalém é o<br />

lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a<br />

hora vem quando nem neste monte nem em Jerusalém adorareis<br />

o Pai.<br />

16. Chama teu marido. Isso parece não ter nenhuma conexão<br />

com o tema, e, na verdade, alguém poderia presumir que Cristo, aborrecido<br />

e frustrado pela impudência da mulher, muda o discurso. Esse,<br />

porém, não é o caso. Pois quando ele percebeu que ela só respondia<br />

ao que ele dizia com zombaria e escárnio, aplicou um remédio apropriado<br />

à enfermidade dela, a saber: abalando a consciência da mulher<br />

com a convicção de seu pecado. E esta é também uma extraordinária<br />

prova de sua compaixão, a saber: quando a mulher se mostra indis-

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