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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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422 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

ciferou contra eles, e os expulsou da sinagoga romana por meio de<br />

bulas terrificantes, Cristo estendeu sua mão e veio a ser plenamente<br />

conhecido deles. Portanto, nada nos é melhor do que manter-nos o<br />

mais distante possível dos inimigos do evangelho, para que Cristo se<br />

chegue mais perto de nós.<br />

Crês tu no Filho de Deus? Ele fala a um judeu que fora desde a<br />

infância instruído na doutrina da lei e aprendera que Deus havia prometido<br />

o Messias. Portanto, esta pergunta tem o mesmo significado<br />

como se Cristo o exortasse a seguir o Messias e a devotar-se a ele, embora<br />

empregue um título mais honroso do que costumavam empregar<br />

naquele tempo, porquanto o Messias era considerado meramente o<br />

filho de Davi [Mt 22.42].<br />

36. Quem é ele, Senhor, para que eu nele cria? À luz desta resposta<br />

do cego se faz evidente que, embora não tivesse ainda alcançado<br />

um claro e sólido conhecimento de Cristo, contudo era obediente<br />

e disposto a receber instrução, pois essas palavras significam: “Até<br />

onde ele se destina a mim, estou pronto a abraçá-lo”. Mas é preciso<br />

observar que o cego deseja ser instruído por Cristo no caráter de Profeta,<br />

pois ele já se convencera de que Cristo fora enviado por Deus, e<br />

por isso não deposita aleatoriamente confiança em sua doutrina.<br />

37. Tu o tens visto. Com estas palavras de Cristo o cego não podia<br />

estar em situação melhor do que com aquela porção ínfima e insípida<br />

de fé. Pois Cristo não faz menção de seu poder nem da razão por<br />

que fora enviado pelo Pai, nem do que trouxe aos homens. Mas o que<br />

primordialmente pertence à fé é saber que, mediante o sacrifício de<br />

sua morte, ele fez expiação por nossos pecados e somos reconciliados<br />

com Deus, que sua ressurreição foi um triunfo sobre a morte vencida,<br />

que somos renovados por seu Espírito a fim de morrermos para a carne<br />

e para o pecado e possamos viver para a justiça, que ele é o único<br />

Mediador, que o Espírito é o penhor de nossa adoção, em suma, que<br />

nele se encontra tudo quanto pertence à vida eterna. O evangelista,<br />

porém, ou não relata toda a conversão que teve com ele, ou apenas<br />

tem em mente que o cego professou sua adesão a Cristo, de modo que,

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