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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 6 • 263<br />

enviado aos homens com esta marca: ele é, por assim dizer, o selo ou<br />

sinete de Deus. 21<br />

Daí se deduz logicamente que o desejo dos que apresentarão suas<br />

almas a Cristo para que sejam alimentadas por ele não serão frustrados.<br />

Saibamos, pois, que a vida nos é exibida em Cristo a fim de que<br />

cada um de nós a aspire, não ao acaso, mas com certeza de êxito.<br />

Ao mesmo tempo, somos ensinados que todos quantos dedicam este<br />

louvor a qualquer outro que não seja Cristo se fazem culpados de falsidade<br />

na presença de Deus. Daí, é evidente que os papistas, em cada<br />

parte de sua doutrina, são totalmente mentirosos, pois enquanto inventam<br />

algum meio de salvação que substitua Cristo, como fazem tão<br />

frequentemente – apagando, por assim dizer, a impressão que foi feita<br />

–, despojam e desfiguram, com perversa presunção e vil traição, este<br />

selo de Deus, que é o único autêntico. A fim de não cairmos em tão<br />

terrível condenação, aprendamos a manter puro e íntegro para Cristo<br />

tudo o que o Pai lhe deu.<br />

28. O que faremos para efetuar as obras de Deus? A multidão<br />

compreendeu suficientemente bem que Cristo os exortara a almejar<br />

algo mais elevado do que as conveniências da presente vida, e que<br />

não devem limitar sua atenção à terra, já que Deus os chama para o<br />

desfruto de bênçãos mais valiosas. Mas, ao formularem esta pergunta,<br />

em parte estão equivocados em não entender o tipo de trabalho,<br />

pois não levam em conta que Deus nos concede, pelas mãos do Filho,<br />

tudo o que é indispensável à vida espiritual. Primeiro, perguntam o<br />

que devemos fazer, e, em seguida, ao usarem a expressão as obras<br />

de Deus, não entendem o que dizem, e falam sem qualquer objetivo<br />

definido. 22 E assim manifestam sua ignorância a respeito da graça<br />

de Deus. E, no entanto, aqui parecem murmurar desdenhosamente<br />

contra Cristo, como se ele os estivesse acusando sem qualquer fundamento.<br />

“Presumes”, dizem eles, “que não nutrimos solicitude pela<br />

vida eterna? Por que, pois, nos forças a fazer o que está além de nos-<br />

21 “Qui est comme le seau ou cachet de Dieu”.<br />

22 “Ils n’entendent point ce qu’ils disent, et parlent sans certain but”.

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