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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 6 • 257<br />

confiança, de calma e de sossego. Mas isso pertence exclusivamente<br />

aos discípulos de Cristo, pois posteriormente veremos que os ímpios<br />

se viram abalados pelas mesmas palavras: Sou eu [Jo 18.6]. A razão<br />

da distinção consiste em que ele é enviado como Juiz aos réprobos e<br />

incrédulos para sua destruição, e, portanto, não podem suportar sua<br />

presença sem se sentir imediatamente esmagados. Os crentes, porém,<br />

sabendo que ele lhes foi dado para fazer propiciação, tão logo ouvem<br />

seu nome, o qual lhes é um seguro penhor, tanto do amor de Deus<br />

quanto de sua salvação, tomam alento como se fossem ressuscitados<br />

da morte para a vida. Olham serenamente para o céu claro, habitam<br />

tranquilamente na terra e, vitoriosa e calmamente, o tomam por seu<br />

escudo contra todos os perigos. Tampouco, simplesmente os conforta<br />

e encoraja com sua palavra, mas realmente remove também a causa<br />

do terror, amainando a tempestade.<br />

[6.22-25]<br />

No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar,<br />

vendo que não havia outro barco senão somente aquele em<br />

que entraram seus discípulos, e que Jesus não entrara no barco<br />

com seus discípulos, mas que seus discípulos tinham partido<br />

sozinhos (contudo, outros barcos tinham vindo de Tiberíades,<br />

próximo ao lugar onde comeram o pão, havendo o Senhor dado<br />

graças), quando, pois, a multidão viu que Jesus não estava ali,<br />

nem seus discípulos, também entraram nos barcos e foram para<br />

Cafarnaum em busca de Jesus. E o havendo encontrado no lado<br />

oposto do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?<br />

22. No dia seguinte. Aqui o evangelista relata circunstâncias à<br />

luz das quais a multidão podia concluir que Cristo tinha atravessado<br />

pelo poder divino. Não havia ali senão um barco, viram-no partir<br />

sem Cristo, no dia seguinte, navios chegaram de outros lugares, por<br />

meio dos quais são conduzidos a Cafarnaum, e ali encontram Cristo.<br />

Deduz-se que ele só poderia ter atravessado de uma maneira mira-

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