19.04.2013 Views

A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

— Bem melhor. Assim eu acho minha calça e uma camiseta. Está frio lá embaixo?<br />

— Não. Está quente, até. Qual é o seu nome?<br />

A mulher não respondeu, estava curvada para dentro <strong>do</strong> guarda-roupa, tinha tira<strong>do</strong> a<br />

camisola, fican<strong>do</strong> apenas de calcinha. Queiroz engoliu saliva e sentiu o coração disparar<br />

como o de um a<strong>do</strong>lescente. Por que diabos ela estava fazen<strong>do</strong> aquilo? Já tinha ouvi<strong>do</strong><br />

uma porção de histórias <strong>do</strong>s amigos, de que muitas mulheres ficavam <strong>do</strong>idinhas por<br />

homens farda<strong>do</strong>s, de que as coroas, principalmente, ficavam loucas em situações de<br />

perigo. Era como se o me<strong>do</strong> as deixasse com o maior tesão da galáxia, mas nunca tinha<br />

visto algo assim. Ela não parecia querer seduzi-lo, só parecia assustada e perturbada. Ela<br />

debruçou-se um pouco mais e puxou uma camiseta <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> guarda-roupa. O<br />

bombeiro não conseguiu tirar os olhos das nádegas da mulher, grandes e re<strong>do</strong>ndas e,<br />

enquanto ela colocava a blusa, pôde notar os seios volumosos mais uma vez e o ab<strong>do</strong>me<br />

benfeito para uma coroa, terminan<strong>do</strong> numa virilha bem desenhada. Não era uma mulher<br />

que estava se trocan<strong>do</strong> na sua frente, era uma deusa! Pronto, homem era assim, a coisa<br />

mais besta. Só de olhar a mulher seminua ficava apaixona<strong>do</strong>! Ela colocou uma calça jeans<br />

e uma blusinha agarrada no corpo; na blusinha tinha o desenho de uma naja com a boca<br />

aberta e as presas ameaça<strong>do</strong>ras projetadas para a frente.<br />

— É da minha filha.<br />

— Coisinha mais fofa.<br />

— Só se veste assim agora.<br />

— Você não disse seu nome.<br />

— Verdade. A <strong>do</strong>r era tanta que até esqueci. — A mulher se aproximou de Queiroz e<br />

estendeu a mão. — Prazer, Letícia.<br />

— Prazer, senhora.<br />

Os <strong>do</strong>is se cumprimentaram no escuro, a outra mão <strong>do</strong> bombeiro segurava o<br />

macha<strong>do</strong> e a lanterna.<br />

— Não precisa me chamar de senhora, Queiroz.<br />

Queiroz sorriu e olhou para Letícia. Ela era sensual demais até mesmo falan<strong>do</strong> o seu<br />

nome. O bombeiro ia abrir a boca para dizer alguma coisa quan<strong>do</strong> foi beija<strong>do</strong> pela<br />

mulher. Foi algo tão inespera<strong>do</strong> que o bombeiro retribuiu, seguran<strong>do</strong> a mulher pela<br />

cintura. Quan<strong>do</strong> abriu os olhos deu um gemi<strong>do</strong> e três passos desequilibra<strong>do</strong>s para trás,<br />

baten<strong>do</strong> as costas e a cabeça na parede <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r. Com a mão livre, apanhou a lanterna<br />

e a ergueu, apontan<strong>do</strong> para os olhos da mulher, enquanto arrumava seu capacete e<br />

passava as costas da luva no lábio. O motivo <strong>do</strong> susto tinha vin<strong>do</strong> com duas situações<br />

abruptas que se apresentaram quase simultaneamente, uma fração de segun<strong>do</strong> separan<strong>do</strong><br />

um episódio <strong>do</strong> outro. Primeiro, Letícia tinha lhe mordi<strong>do</strong> o lábio. A princípio, tinha

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!