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A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

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— Ela entrou?<br />

— Não. Vamos precisar tapar isso aqui.<br />

Cássio lembrou-se da lanterna e tirou-a da cinta, iluminan<strong>do</strong> o recinto. Vidros caí<strong>do</strong>s<br />

junto à armação metálica da janela.<br />

— Feche essas persianas, enfermeira. Isso vai nos ajudar um pouco.<br />

Cássio chegou até a janela e espiou para fora, esperan<strong>do</strong> encontrar a vampira<br />

tombada em frente ao hospital. Contu<strong>do</strong>, para sua surpresa, apenas os corpos <strong>do</strong>s<br />

vampiros derruba<strong>do</strong>s antes estavam lá.<br />

— Eu quero os meus filhos! — gritou a vampira.<br />

O sargento ouviu a voz da criatura, mas não conseguiu visualizá-la.<br />

A enfermeira empurrou outra maca para dentro da sala, logo o sargento e ela<br />

conseguiram levantá-la e taparam o buraco, escoran<strong>do</strong> com <strong>do</strong>is gabinetes de arquivo.<br />

— Tem como trancar essa sala? — perguntou o sargento.<br />

— Boa ideia, sargento. Ilumina aqui.<br />

Os <strong>do</strong>is retrocederam até a porta, e ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> batente havia um quadro imenso de<br />

chaves.<br />

A enfermeira saiu da sala e retornou com uma comadre, onde começou a arremessar<br />

os molhos de chaves.<br />

— Já que é pra trancar, vamos trancar todas as portas das quais encontrarmos a<br />

chave.<br />

Cássio e Mallory, com a ajuda das luzes de emergência, começaram a vasculhar os<br />

molhos e a trancar todas as salas possíveis <strong>do</strong> hospital que tinham acesso às janelas da rua<br />

da frente.<br />

Distante da janela estilhaçada a vampira se recolhia a um recorte <strong>do</strong> prédio, abaixada,<br />

enfurecida e ferida. O segun<strong>do</strong> disparo tinha perfura<strong>do</strong> seu ombro, e o projétil saí<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

outro la<strong>do</strong>. Detestava aquilo. Outra ferida por disparo de arma de fogo. As duas<br />

primeiras se curaram quan<strong>do</strong> tomou sangue. Era disso que precisava agora. Entrar<br />

naquele hospital e tomar o sangue de alguém. Raquel retomou o controle das emoções<br />

para pensar. Seria melhor conseguir sangue ali fora para se restabelecer, e então atacar<br />

aqueles malditos que mantinham seus filhos tranca<strong>do</strong>s lá dentro, longe de suas mãos e de<br />

seus cuida<strong>do</strong>s. Por que estavam ali? Estariam feri<strong>do</strong>s, machuca<strong>do</strong>s pelo maldito Adilson?<br />

Estariam agora no escuro, com me<strong>do</strong> e claman<strong>do</strong> por ela? O pequeno e suscetível Breno,<br />

com toda a certeza, estaria estarreci<strong>do</strong> com aquela situação, procuran<strong>do</strong> ficar perto <strong>do</strong><br />

irmão mais velho e tentan<strong>do</strong>, a to<strong>do</strong> custo, não externar o pavor que tinha <strong>do</strong> escuro.<br />

Somente Pedro saberia e seria solidário à bravata <strong>do</strong> irmão caçula. Eles estavam

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